O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) anunciou que acompanhará de perto as investigações da Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) sobre a conduta dos policiais durante uma confusão generalizada ocorrida na noite de sábado (16), no Estádio Rei Pelé, em Maceió, durante partida da Série C do Campeonato Brasileiro.

De acordo com as Promotorias de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial (62ª PJC) e do Torcedor da Capital (37ª PJC), o MPAL poderá solicitar imagens das câmeras de segurança, verificar os equipamentos usados pelos policiais, incluindo armas de menor potencial ofensivo, e avaliar se a atuação foi adequada ou se houve excesso.

Além disso, o órgão instaurou uma Notícia de Fato para acompanhar todo o andamento das investigações conduzidas pela Corregedoria da PM/AL.

 

Relembre o caso

O empate entre CSA e Ituano no Estádio Rei Pelé, na noite de sábado (16), terminou em episódios de violência dentro e fora do estádio. A confusão teve início após a anulação do terceiro gol do CSA e se estendeu pelas ruas próximas, envolvendo torcedores e policiais militares. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram supostas agressões cometidas por integrantes da corporação.

Em nota, o CSA pediu uma investigação rigorosa sobre a atuação da polícia durante e após a partida. “Nossa torcida é o nosso maior patrimônio. O Centro Sportivo Alagoano vem a público exigir que os acontecimentos de hoje no Estádio Rei Pelé sejam apurados com o maior rigor. O futebol é entretenimento, e a emoção sempre estará em alta. O que se espera do aparato de segurança é o preparo necessário para situações como essa”, afirmou o clube.

Após o jogo, um torcedor do CSA, de 29 anos, foi preso por desacato a policiais militares e agressão a integrantes do Pelotão de Choque na saída do túnel do estádio.

A Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) informou que abrirá procedimentos administrativos para apurar possíveis excessos durante a confusão. Segundo a corporação, objetos foram arremessados contra o campo, árbitros e agentes de segurança.

A PM detalhou ainda que diversas tentativas de agressão a policiais e árbitros motivaram a intervenção rápida do Pelotão de Choque. Para conter os torcedores e evitar que a situação se agravasse, foram usados dispositivos de menor potencial ofensivo.

O material do videomonitoramento será analisado para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los conforme a lei. Eventuais excessos cometidos pelos agentes durante a ação também serão investigados, garantindo transparência e respeito aos direitos de todos os participantes.

 

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