Agora sim é definitivo. Jair Bolsonaro e ex-ministros de seu governo, incluindo três generais do Exército e um almirante da Marinha, começam a cumprir as sentenças pela tentativa de golpe de Estado. É a primeira vez na história do país que golpistas respondem por seus crimes contra a democracia. Até um dia desses, isso parecia uma miragem no país marcado pela tradição de impunidade para esse tipo de atentado.
Alucinados da extrema direita, é claro, seguem reproduzindo as sandices sobre supostas ilegalidades no julgamento da organização criminosa. Alguns são apenas capachos sem nenhuma importância, cumprindo ordens de chefes políticos. Outros, vejam só, exibem um cinismo atroz – porque na verdade estão comemorando os fatos.
É o caso dos governadores que almejam o espólio eleitoral de Bolsonaro. O mais desavergonhado é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Explicando: ele é o escolhido dos donos do dinheiro para enfrentar Lula nas urnas em 2026. Tarcísio finge sofrimento com a prisão do capitão da tortura, mas está numa alegria doida.
Ao lado de Tarcísio estão o PL, o União Brasil, o PP – os maiores partidos que abrigam a turma da ultradireita. O que todos eles esperam ansiosamente é a capitulação de Jair nesse sentido. Ou seja, não veem a hora do anúncio do ex-presidente sobre quem é seu favorito para a candidatura presidencial. E ele não tem alternativa nessa parada.
Não adianta a gritaria dos filhos marginais, nem os faniquitos de gente como Sóstenes Cavalcante, Rogério Marinho e assemelhados. Ou Bolsonaro aponta seu “sucessor” nessa direita medonha ou vai contribuir para a implosão de sua própria turma.
Essa é a guerra daqueles que dão as ordens. Bote aí Valdemar da Costa Neto, Antonio Rueda, Arthur Lira e Ciro Nogueira. São os nomes à frente daqueles partidos citados acima. O velho centrão está nessa, devidamente adequado à realidade.
São vários os níveis desse movimento reacionário que sacudiu a política brasileira nos últimos anos. Além dos donos das facções partidárias, há os cumpridores de tarefas nos rincões do país. A ralé da política alagoana integra essa tropa de jagunços.
Na base do bolsonarismo estão as almas penadas que, certo dia, rezaram para pneus e acreditaram numa fantasiosa prisão de Alexandre de Moraes. Agora, mesmo diante do vídeo bizarro de Bolsonaro “metendo ferro quente” na tornozeleira, os mesmos patriotas elaboram explicações mágicas para negar o inegável. Precisam de ajuda.
Nesta terça-feira 25 de novembro de 2025, uma notícia acerca do Brasil correu o mundo – de novo sobre o julgamento dos que tentaram o golpe para impor um tiranete goela abaixo das instituições. Mas esse tempo passou. O país é outro. Perderam, vagabundos!










