Jair Bolsonaro e sua família ficaram podres de ricos na política. Nunca fizeram outra coisa na vida a não ser sugar os cofres públicos – com rachadinha, corrupção e compras de imóveis de luxo com dinheiro vivo. Antes, Bolsonaro planejou atentados terroristas quando estava no Exército, de onde foi praticamente expulso com o carimbo de “mau militar”. Em seguida, pescou um mandato e acumulou uma fortuna à base da ladroagem.

Em três décadas no Congresso Nacional, Jair não apresentou sequer um rascunho de projeto com alguma utilidade ao país. Sua trajetória reforçou as ideias e o comportamento marginal que sempre demonstrou. Deputado federal, desonrou o parlamento brasileiro por inúmeras vezes ao defender tortura, a ação de milícias e o extermínio de pessoas. A leniência com o criminoso deu no que deu.

É uma piada de mau gosto – previsível, é claro – a reação de alguns políticos alagoanos contra a prisão preventiva do golpista, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmada por unanimidade na Primeira Turma do STF. As viúvas do delinquente preso – que fez chacota da morte de brasileiros na pandemia de Covid – atacam a Justiça e fingem que Jair é um inocente perseguido. Do que a politicagem arruaceira não é capaz?

Reportagem no CM registra declarações delirantes de vereadores e deputados em defesa de Bolsonaro. São três as explicações para essas opiniões alopradas: terraplanismo ideológico, identificação com o perfil do bandido e olho na catação de votos. O resultado é um cinismo à altura do histórico dessa gente irrecuperável.

Na maior cara de pau, esses patriotas têm coragem de falar em direitos humanos, respeito à democracia e perseguição a um “inocente”! Estariam todas essas viúvas sofrendo do mesmo tipo de alucinação que acomete o líder? Como escrevi em texto anterior, deveriam pedir ao STF para cumprir a pena no lugar de Bolsonaro.

As vozes do atraso e do obscurantismo confessam publicamente seus pensamentos depravados. Insistem no lenga-lenga de “ditadura de toga” e outras vagabundagens retóricas, na tentativa de embalar o eleitorado ainda fiel ao capitão da tortura. No país do golpismo, dessa vez a sanha autoritária encontrou a devida resistência.

Quando nada mais têm a argumentar para proteger o bandido de estimação, os cidadãos de bem – recatados pais de família – apelam à comédia. “Querem matar nosso grande líder”, relincham pervertidos que, entre outros valores morais, defendem a matança policial nas periferias brasileiras. Afinal, não se é bolsonarista por acaso.