Durante o mês de outubro, o Brasil se veste de rosa em apoio à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. A campanha, tradicionalmente voltada às mulheres, também tem ganhado espaço no universo dos animais de estimação. Clínicas veterinárias e profissionais da área promovem ações para conscientizar tutores sobre a importância do cuidado com a saúde de suas cadelas e gatas.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de entidades do setor pet, o país possui uma das maiores populações de animais domésticos do mundo: são mais de 168 milhões de pets, entre cães, gatos, aves, peixes e pequenos mamíferos. Desse total, cerca de 68 milhões são cães e 34 milhões são gatos — números que reforçam a necessidade de campanhas de saúde voltadas a esse público.
A médica-veterinária Marcela Feth, explicou ao Cada Minuto que o “Outubro Rosa Pet” busca alertar os tutores sobre o câncer de mama em animais, uma doença que, assim como nos humanos, tem grandes chances de cura quando descoberta precocemente.

“A campanha tem como objetivo conscientizar os tutores sobre a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama em pets, incentivando a realização de exames de rotina e a importância da castração”, destaca Marcela.
Prevenção começa em casa
A prevenção, segundo a veterinária, deve começar no próprio lar. O tutor pode e deve examinar o animal com frequência, especialmente as fêmeas.
“A prevenção começa em casa, avaliando a mama do seu pet, colocando-o de barriga para cima e apalpando para verificar a presença de nódulos”, orienta.
“Preste atenção aos sinais, como lambedura em excesso, aumento da temperatura, inchaços e feridas na região das mamas. A castração antes ou logo após o primeiro cio também ajuda a prevenir, assim como evitar o uso de injeções anti-cio.”
O câncer de mama é mais comum em fêmeas não castradas e acima dos seis anos de idade, mas pode ocorrer em machos em casos mais raros.
Tratamento e chances de cura
Quando o diagnóstico é confirmado, o tratamento mais indicado é o cirúrgico. A retirada parcial ou total das mamas pode ser acompanhada de sessões de quimioterapia, dependendo do tipo e do estágio do tumor.
“O tratamento para a maioria dos casos é cirúrgico, fazendo a retirada de uma ou todas as mamas. Alguns casos podem exigir quimioterapia. Cada tratamento é individualizado e pensado para o bem-estar do pet”, explica a veterinária.
Marcela reforça que a detecção precoce é determinante para o sucesso do tratamento e para a qualidade de vida do animal. “O tutor deve estar atento a qualquer alteração e procurar um veterinário assim que notar algo diferente”, completa.
Diagnóstico rápido salva vidas
Dúvidas sobre possíveis nódulos ou alterações nas mamas do pet devem sempre ser esclarecidas por um profissional. Exames como ultrassonografia e biópsia ajudam a confirmar o diagnóstico e direcionar o melhor tratamento.
“Se o tutor estiver em dúvidas se seu pet tem nódulo, o que deve ser feito é levar ao médico-veterinário. Ele examinará o animal da melhor forma, realizando exames específicos e indicando o tratamento adequado”, orienta Marcela Feth.
O “Outubro Rosa Pet” vem crescendo ano a ano, chamando atenção para um tema que ainda recebe pouca atenção de parte dos tutores. O diagnóstico precoce, a castração e o acompanhamento veterinário regular podem salvar vidas e evitar o sofrimento de muitos animais.
Com milhões de cães e gatos espalhados pelos lares brasileiros, a informação é a principal arma contra o câncer de mama nos pets. Assim como os humanos, eles também merecem atenção, cuidado e amor.
*Estagiário sob supervisão da editoria.













