Num tempo em que os algoritmos ditam tendências e as curtidas viraram termômetro de relevância, há um meio de comunicação que resiste, sólido e pulsante: o rádio.

Principalmente no interior de Alagoas, ele continua sendo o elo entre o poder público, a informação e o povo.

Cidades-polo como União dos Palmares, Coruripe, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Penedo são exemplos concretos de onde o rádio não apenas sobrevive, ele influencia, mobiliza e forma opinião.

Mesmo com o avanço das redes sociais, especialmente do WhatsApp, que se tornou o canal de conversas e compartilhamentos instantâneos, o rádio mantém um papel que nenhum aplicativo substitui: a presença cotidiana e a credibilidade da voz local.

Enquanto os feeds mudam a cada minuto, o locutor continua lá, na mesma frequência, sendo ouvido por quem está no campo, no comércio, na estrada ou em casa.

No interior, o rádio é referência, companhia e ponte com o mundo real. É ele quem pauta conversas nas feiras, nas padarias, nos grupos de amigos. É quem anuncia o horário do evento, a chegada da obra, a mensagem do prefeito, a previsão do tempo e até o nascimento de um novo negócio.

Mais do que mídia, o rádio é território de confiança.

E quem entende comunicação pública ou política sabe: a credibilidade é o ativo mais valioso que existe.

Por isso, subestimar o rádio é um erro estratégico.