No discurso da oposição, Lula está eleitoralmente descartado para 2026. Em cada palestra, em cada seminário promovido pelo mercado, um Caiado, um Valdemar ou um Tarcísio repetem a mesma profecia. Eles sabem que isso é ficção, mas não podem admitir que os fatos atestam o contrário. Nesta quinta-feira 18, pesquisa Quaest expõe a realidade: fosse hoje, Lula seria reeleito contra qualquer adversário no segundo turno.

O instituto testa nove cenários neste sentido. Nenhum nome ameaça a liderança do petista. O presidente bate Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado, Ratinho Junior, Romeu Zema, Eduardo Leite, Ciro Gomes, Eduardo Bolsonaro e Michele Bolsonaro. Pior para a oposição: Lula ampliou a vantagem da pesquisa anterior.

O instituto também projeta cenários de primeiro turno, alternando os mesmos nomes citados acima. Aqui, a vantagem do atual inquilino do Planalto é ainda maior. Não importa o balaio de concorrentes, Lula não é ameaçado por ninguém na briga para passar à etapa final. Ou seja, o presidente é o único nome certo no segundo turno.

O quadro eleitoral aferido pela Quaest combina com o Datafolha sobre aprovação ao governo. Devagar e sempre, os percentuais confirmam que a sangria do primeiro semestre estancou de vez. Nada que autorize foguetório por parte do governo e seus aliados. Mas a tendência confirma a recuperação de Lula, mesmo sob bombardeio.

Os últimos acontecimentos fizeram o governo sair das cordas, partir para o ataque e conquistar pontos. Tarifaço, traidores do país, Congresso emporcalhado e condenação de Bolsonaro realinharam o ambiente político que ajudou Lula a se fortalecer.

A oposição e a ultradireita, ao que parece, subestimam um fator essencial: a força da máquina e o arsenal de medidas com potencial para melhorar a rotina das pessoas. O variado cardápio de programas sociais faz diferença no bolso e na qualidade de vida.  

O mais baixo índice de desemprego em décadas, o dólar em queda, investimentos em alta, inflação sob controle. Tudo isso tem consequências na percepção do eleitorado. “Polarização” e voto “ideológico” fazem muito barulho, é verdade. E nada mais.

A um ano da eleição, a oposição bate cabeça e vê Lula revigorado para o embate.