Comunicação que não escuta erra o tom.
Marketing que não entende o território vira ruído.
Nem tudo é feed, curtida ou engajamento.
Nem tudo é tendência ou viral.
Na comunicação pública ou no marketing político é preciso enxergar além da bolha digital. O que emociona no Recife pode ser irrelevante em Roteiro. O que viraliza em São Paulo pode ser ignorado no sertão alagoano. Cada lugar tem sua pulsação, sua cultura, seu tempo, sua linguagem.
Porque comunicação pública não é sobre lacração. É sobre pertencimento.
Marketing político não é sobre aplauso. É sobre conexão real.
A tentação de copiar fórmulas prontas, seguir modinhas passageiras ou forçar um estilo “descolado” pode custar caro quando o que está em jogo é a credibilidade de uma gestão ou o futuro de uma candidatura.
A comunicação que transforma é aquela que respeita as peculiaridades do território. Que compreende os códigos do povo. Que fala com verdade. Que não menospreza o rádio, a conversa na feira, o adesivo no carro ou o carro de som.
Não adianta ter milhões de views em vídeos que não dizem nada para quem realmente importa. É preciso estratégia com alma. Técnica com escuta. Conteúdo com contexto.
Nem tudo é rede social. E ainda bem. Porque a boa comunicação nasce da realidade, e não da vaidade.