Em Alagoas, a eleição de 2026 já é tratada dentro da bolha política como um espetáculo anunciado. Todos querem disputa. Não apenas pelo resultado final, mas porque a disputa em si se tornou o ativo mais valioso do jogo. É ela que movimenta, que aquece bastidores, que valoriza cada apoio, que dá peso a cada voto e que garante visibilidade aos protagonistas.

A lógica é simples: sem disputa, não há emoção, não há valorização de aliança, não há força testada. Com disputa, cada gesto político ganha relevância. Apoiar A ou B passa a ter preço maior, e cada movimento de bastidor se transforma em moeda de troca. É a guerra que alimenta a bolha.

Não se trata apenas de quem vence, mas de quem se fortalece no processo. Grupos, lideranças e articuladores já sabem: quanto mais acirrada for a eleição, maior a capacidade de negociação, de ocupação de espaços e de reinvenção de poder. A disputa, portanto, não é um meio, mas um fim.