Nas redes sociais, todo mundo tem opinião sobre tudo. Política, futebol, reality show, guerra: a timeline virou um grande balcão de comentários.
Na política digital, existe uma armadilha silenciosa: acreditar que engajamento é sinônimo de voto. Visualizações, curtidas e compartilhamentos não se convertem automaticamente em adesão política. Podem inflar a vaidade, mas não garantem resultado nas urnas.
O erro mais comum de quem disputa espaço online é viver dentro da bolha da autoilusão: achar que “bombar” um vídeo basta para conquistar o eleitorado. Redes sociais são vitrine, não urna. Curtidas medem alcance, não confiança. Reels medem curiosidade, não convicção.
Enquanto isso, o eleitor real segue preocupado com o preço do supermercado, o transporte, a saúde e o trabalho. É nesse chão da vida cotidiana que se forma o voto. Até lá, a política precisa entender que viralizar é apenas etapa, importante, mas insuficiente.
Porque, no fim, engajamento pode até ser barulho. Mas convencimento é o que decide eleição.