Vaidade demais é um veneno que não mata de imediato. Corrói aos poucos. Começa sutil — um elogio aqui, uma curtida ali, um aplauso fácil. O vaidoso se alimenta disso. Mas o que parece autoconfiança logo vira um castelo de areia. Porque quem precisa da validação constante dos outros não se sustenta em pé. Vive de reflexo, e não de essência.
O desequilíbrio vem logo depois. O vaidoso se torna escravo da imagem. Faz qualquer negócio para manter o verniz. Mente, se cerca de bajuladores, passa a temer qualquer crítica. A fragilidade emocional se instala. Por dentro, um vazio que não se preenche. Por fora, a pose, a maquiagem, a encenação.
Mas a história é velha. E o final, todo mundo conhece. Cedo ou tarde, a máscara cai. Porque não há personagem que resista ao tempo. Não há mentira que o tempo não desfaça. Não há ego que não se quebre quando os aplausos cessam.
Por isso, cuidado com o vaidoso. Cuidado se você está se tornando um. Porque a queda é certa. E quanto mais alto o pedestal, maior o tombo.