Quase 13 mil empresas foram abertas em Alagoas apenas nos três primeiros meses de 2025. Segundo informações da Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), o número (12.887) de empresas abertas é um recorde para o período, pois supera o número de 10.746 negócios constituídos no primeiro trimestre de 2021, antigo recorde.
Por meio de sua assessoria de Comunicação, a Juceal informou que, desses 12.887, 751 são microempreendedores individuais (MEIs); 2.266 microempresas (MEs); 618 empresas de pequeno porte (EPPs); e 252 negócios considerados sem porte.
Entre os municípios alagoanos com maiores números de novos negócios, estão: Maceió (6.717 empresas), Arapiraca (1.186), Marechal Deodoro (358), Rio Largo (339), Penedo (241), Palmeira dos Índios (186), União dos Palmares (181), São Miguel dos Campos (169), Delmiro Gouveia (158), Maragogi (149), Pilar (127), Satuba (126), Coruripe (121), Teotônio Vilela (119) e Santana do Ipanema (108).
Em relação aos tipos de atividades, os números ficaram assim divididos: aberturas de comércio (3.571 empresas); transporte, armazenagem e correio (1.960); alojamento e alimentação (1.223); atividades administrativas e serviços complementares (955); atividades profissionais, científicas e técnicas (874); indústrias de transformação (867); outras atividades de serviços (735); construção (702); educação (614); e saúde humana e serviços sociais (443).
O levantamento feito pela Junta Comercial mostra também as atividades empresariais mais registradas.

No segmento microempresas, as atividades com mais constituições foram: restaurantes (90 empresas); minimercados, mercearias e armazéns (77); comércio varejista de artigos do vestuário (74); atividades de psicologia (70); corretagem na compra e venda de imóveis (66); comércio varejista de produtos farmacêuticos (62); serviços combinados de escritório (54); atividade odontológica (51); lanchonetes (50); e atividade médica ambulatorial (49).
Para os MEIs: atividades auxiliares dos transportes terrestres (638); comércio varejista de artigos do vestuário (498); promoção de vendas (470); serviços de malote (407); cabeleireiros e manicure (361); transporte rodoviário de carga (289); serviços especializados de apoio administrativo (287); lanchonetes (271); outras atividades de ensino (236); e minimercados, mercearias e armazéns (206).
As empresas de pequeno porte ficaram assim divididas: correspondentes de instituições financeiras (32); construção de edifícios (19); restaurantes (19); comércio varejista de artigos do vestuário (16); atividades de consultoria em gestão empresarial (14); comércio varejista de produtos farmacêuticos (13); corretagem na compra e venda de imóveis (13); lanchonetes (12); atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral (11); comércio varejista de materiais de construção (11).
Entre os negócios considerados sem porte: holdings de instituições não-financeiras (24); incorporação de empreendimentos imobiliários (12); supermercados (9); construção de edifícios (7); comércio atacadista de outros equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico (6); outras sociedades de participação (6); aluguel de outras máquinas e equipamentos comerciais e industriais (5); comércio atacadista de artigos de armarinho (5); comércio atacadista especializado em outros produtos intermediários (5); e comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática (5).
Espírito inovador
O Sebrae Alagoas tem acompanhado com entusiasmo o crescimento do ambiente empreendedor no estado, evidenciado pelo novo recorde de empresas constituídas neste primeiro trimestre. Esse avanço é um reflexo do espírito inovador dos alagoanos e também da busca crescente por autonomia financeira.
Para apoiar esses novos empreendedores, o Sebrae oferece uma ampla gama de soluções que vão desde a capacitação técnica e gerencial até consultorias especializadas, sempre voltadas ao fortalecimento e à sustentabilidade dos pequenos negócios. A atuação abrange diversos segmentos, como comércio, serviços, indústria, agronegócio, economia criativa, construção civil e tecnologia. Também promove palestras, workshops e seminários, que auxiliam na formação empreendedora e na tomada de decisões mais estratégicas.
Além disso, o Sebrae dispõe de ferramentas e conteúdos voltados à digitalização dos pequenos negócios, incluindo orientações para a implantação de e-commerce, uso estratégico de redes sociais, inovação nos processos e presença digital fortalecida, essenciais para a competitividade no mercado atual.
Entre as principais ofertas do Sebrae Alagoas, estão: Cursos presenciais e online sobre temas como planejamento, finanças, marketing, inovação e gestão de pessoas; consultorias individuais, adaptadas à realidade de cada negócio, com foco em gestão, vendas, finanças e presença digital; Atendimentos personalizados para esclarecer dúvidas sobre formalização, MEI, legislação e organização do negócio; Programas de aceleração, feiras, missões e rodadas de negócios, que ajudam os empresários a ampliarem sua rede de contatos e se inserirem no mercado de forma mais competitiva.
O objetivo é garantir que esses novos empreendedores não apenas abram suas empresas, mas que tenham estrutura, conhecimento e apoio para crescer de forma consistente.
Divisor de águas
Marcela Santos, proprietária de um pequeno ateliê, decidiu dar um passo importante em sua trajetória profissional: formalizou seu trabalho e “se tornou” MEI (Microempreendedora Individual). Segundo ela, o início foi cercado de incertezas, já que nunca havia empreendido antes.
“Inicialmente tive um pouco de receio, já que nunca tinha empreendido. No entanto, busquei orientação no Sebrae e consegui me estabilizar de forma tranquila”, contou Marcela.
Com o apoio técnico e as orientações recebidas, ela conseguiu organizar seu negócio, atrair mais clientes e garantir uma renda mais estável. “Hoje estou cuidando do meu negócio e penso em ampliar em breve. Foi um divisor de águas para mim e minha família. Com a orientação adequada é possível crescer e se independizar”, afirmou