Neste domingo (11), em que comemoramos o Dia das Mães no Brasil, o CadaMinuto traz relatos de mulheres que entregaram seus filhos à dedicação exclusiva ao ministério sacerdotal. Ser mãe de um padre é uma experiência singular, marcada por orgulho, fé e emoção. Dona Márcia Machado, Dona Niuça Delmondes e Dona Fátima Monteiro compartilham suas vivências e revelam como a vocação dos filhos transformou suas próprias vidas.

Márcia Machado Nunes: “sempre que passamos por alguma tribulação, ele com sua presença traz a serenidade e a paz que necessitamos.”

Padre Márcio Manuel Machado Nunes e sua mãe Márcia Maria Machado Nunes. Foto: cortesia.

Dona Márcia Machado Nunes é mãe do Padre Márcio Manuel Machado Nunes, reitor do Seminário Arquidiocesano de Maceió. Para ela, ter um sacerdote é uma grande graça. “Existe um pouco de orgulho, mas o sentimento maior é de gratidão a Deus por ter nos proporcionado esta graça imensurável”, afirma.

Outro aspecto relatado por Márcia é que sua família se aproximou mais de Deus por influência do filho. “Ter nosso filho como sacerdote é ter a certeza de contar sempre com uma bússola segura a nos guiar em direção a Deus. Sua obediência ao chamado de Deus despertou em nós a necessidade de estarmos mais próximos dEle. Hoje rezamos mais e adquirimos uma maior consciência da importância de sermos cristãos.”, diz. 

Márcia também comenta o carinho das pessoas. “Sinto por parte da maioria das pessoas uma admiração e um acolhimento carinhoso ao saberem que sou mãe de um Padre.”

Sobre os momentos mais emocionantes, Dona Márcia relembra a primeira missa: “Na verdade, podemos falar de vários momentos emocionantes, começando com o dia que participamos da primeira Missa celebrada por ele, mas também ao longo de todos esses anos de sacerdócio, quando ao passarmos por alguma tribulação, ele com sua presença traz a serenidade e a paz que necessitamos.”, conclui. 

Niuça Delmondes: “Quando ele veste o hábito franciscano e começa a celebração, meu coração se enche de Deus”

Frei Gabriel Delmondes e sua mãe Niuça Delmondes. Foto: cortesia. 

Dona Niuça Delmondes é mãe do Frei Gabriel Delmondes. Ambos são pernambucanos, mas Gabriel fez missão em Maceió, na Igreja dos Capuchinhos, no Farol. Para ela, ser mãe de um frade é uma graça divina. “Tenho gratidão a Deus por receber a graça de ser mãe de um frei. Eu, tão pequena, mas tenho um Deus tão grande que, na sua infinita bondade, olhou para mim e minha família.”

Segundo a mãe, a vocação de Gabriel se manifestou cedo. “Desde os 4 anos, ele já sabia rezar o Santo Anjo do Senhor e o terço. Educou os pais e os irmãos na fé. A entrega dele a Deus ajudou a transformar tanto a família paterna quanto a materna. Todos começaram a deixar o mundo de vaidade.”

O reconhecimento das pessoas também é algo que a emociona. “Onde chego, as pessoas falam: ‘lá vem a mãe do frei, mulher abençoada. Deus a abençoou e abençoou sua família, lhe dando uma graça tão grande de ser mãe de um frei’.” 

Para Dona Niuça, um dos momentos mais marcantes é quando ela vai à missa junto ao filho. “O momento mais emocionante que eu sinto como mãe de um frei é quando ele veste o hábito franciscano e vamos para a Igreja de mãos dadas. Quando ele começa a celebração, meu coração se enche de Deus. Todo meu ser glorifica a Deus. Louvado seja meu criador que me fez mãe de um frei.”

Fátima Monteiro:  “Ver ele ali, deitado no chão da igreja, se entregando a Deus… eu chorei tanto!”

Fátima Monteiro e seu filho Padre Danilo Monteiro. Foto: cortesia.

Dona Fátima Monteiro é mãe do Padre Danilo Monteiro, que nasceu em Rio Largo, mas exerce seu ministério na Diocese de Campina Grande, na Paraíba. Para ela, ser mãe de um sacerdote é um presente divino. “Ah, com certeza! É um orgulho que vem junto com muita gratidão. Saber que meu filho foi chamado por Deus para ser padre é algo que toca muito o coração da gente. Não é só orgulho por ele, mas por saber que ele foi escolhido para algo tão bonito, tão importante.”

A presença de Danilo como padre transformou a vida da família.  “A gente começa a rezar mais, a buscar entender mais as coisas de Deus. Eu mesma comecei a ter mais intimidade com a oração, a valorizar mais a Missa, a viver a fé de um jeito mais profundo. E isso acaba contagiando toda a família, sabe? A presença dele como padre nos inspira a viver com mais fé e confiança em Deus.”, diz Fátima.

“As pessoas se aproximam, falam com carinho, perguntam como ele tá, pedem oração. É muito bonito ver o quanto ele é amado pelas pessoas. E isso me deixa com o coração cheio de paz. É um carinho que a gente sente vindo de Deus também, sabe?”, relatou. 

O dia da ordenação de Danilo foi o mais emocionante para a mãe. “Olha, o dia da ordenação foi de arrepiar. Ver ele ali, deitado no chão da igreja, se entregando a Deus… eu chorei tanto! Foi um misto de emoção, alegria, até um certo medo, mas acima de tudo, uma paz enorme. Naquele momento, eu senti no fundo do coração que ele estava exatamente onde Deus queria.”, concluiu.

 

 

 

 

 

 

 

*Estagiário sob supervisão da editoria.