As redes sociais de políticos não devem ser administradas como meras vitrines comerciais. Há uma tendência crescente dos assessores em priorizar a estética impecável, as fotos editadas e a busca incessante por curtidas e visualizações. Esse tipo de abordagem pode até garantir um feed harmonioso e inflar métricas, mas falha em cumprir o papel essencial de um político nas redes: a comunicação verdadeira, a prestação de contas e o atendimento ao cidadão. 

Desde que as redes sociais se consolidaram como um canal de diálogo direto entre a população e os líderes públicos, passaram a ser, de fato, um Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). Quando um assessor transforma as páginas do político apenas em uma plataforma de promoção pessoal, ele ignora a possibilidade de resolver problemas, ouvir demandas e promover um atendimento mais humano. Assim, a rede deixa de ser um espaço de cidadania para se tornar apenas um outdoor digital. 

O uso inteligente das redes sociais não se limita a responder comentários ou a criar conteúdos visuais impactantes. O foco deve estar na criação de soluções reais e no fomento de um diálogo contínuo com o público, oferecendo informações detalhadas sobre políticas públicas, canais de denúncia, cronogramas de obras e, principalmente, acolhimento e respostas rápidas às demandas recebidas. Redes sociais não são um catálogo de promessas, mas sim um espaço de prestação de contas e de execução prática de ações.