A tragédia no Rio Grande do Sul, a Globo e a força da imprensa

09/05/2024 13:07 - Blog do Celio Gomes
Por redação
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Como se dizia antigamente, deu a lógica. A cobertura da tragédia no Rio Grande do Sul elevou a audiência da Globo. Todos os telejornais da emissora ganharam mais telespectadores com as notícias sobre a calamidade que já matou 100 pessoas e destruiu cidades inteiras. Até os programas de entretenimento cresceram no ibope, também com o noticiário das chuvas. As informações foram divulgadas pelo UOL.

Segundo os dados, do Bom Dia Brasil ao Jornal da Globo, o jornalismo da rede registrou índices que não alcançava havia muito tempo. O que mais cresceu foi o Jornal Nacional, que desde segunda-feira tem Willian Bonner diretamente de Porto Alegre. Além de contar com a forte redação da afiliada RBS, a emissora reforçou a equipe com vários repórteres deslocados do Rio e de São Paulo. Estrutura é tudo para o trabalho em televisão.

O aumento da audiência na TV não deve surpreender ninguém, a não ser os desavisados. No jornalismo de um modo geral, sempre foi assim. Em eventos inesperados, em casos de repercussão, em acidentes graves, nos grandes desastres naturais – é nessas horas que a busca por informação dispara. Nos velhos tempos do jornal impresso, a tiragem poderia até ser o dobro dos dias normais. E até edição extra saía em alguns casos.

O fato de um antigo fenômeno como este continuar nos dias de hoje é um alento. Isso atesta que, apesar da bandalheira generalizada nas redes sociais, o público ainda sabe onde estão os profissionais do ramo. Embora não tenha números, os portais de notícia também têm mais acessos. Mesmo no faroeste de coaches e influenciadores de aluguel, o padrão de esgoto faz barulho, mas está longe da hegemonia. Ainda bem que é assim.

E isso ocorre porque, mesmo com erros ao longo da história, credibilidade é um patrimônio da velha e boa imprensa. Para o ódio de extremistas que pregam o fim do jornalismo. Isto sim seria o triunfo da barbárie. O lixo produzido por muitos – e desgraçadamente por figuras da política – não é capaz de superar a seriedade. Que a TV, o rádio, os portais e os jornais na internet tenham mais leitores e audiência.

Imprensa em alta é uma vitória da civilidade e da democracia.

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