O jornalismo é um pilar essencial de uma sociedade saudável, refletindo seu nível de desenvolvimento e liberdade. No entanto, como em qualquer profissão, há exceções lamentáveis. Em Alagoas, infelizmente, essas exceções são a regra.

No ano eleitoral, a corrupção no jornalismo alagoano se acentua. Alguns jornalistas, disfarçados de imparcialidade e questionamentos incisivos, usam seus textos para promover análises tendenciosas, em conluio com agentes políticos.

Esses profissionais sem vínculos partidários ou eleitorais diretos vendem suas almas por favores, como dinheiro, privilégios e acesso a círculos de poder. Ignoram os padrões éticos básicos e até mesmo se associam abertamente aos seus benfeitores.

Eles atuam como verdadeiros pesos no debate político, distorcendo informações, difamando adversários e criando correlações espúrias. Deslocados de sua função como vigilantes da sociedade, servem aos interesses de grupos ocultos que detêm o controle econômico e político em Alagoas.

É lamentável que, em vez de análises sérias e fundamentadas, o jornalismo alagoano seja dominado por oportunistas que prejudicam o debate político e corroem a confiança pública. Essas práticas condenáveis demonstram que existe algo muito pior do que políticos corruptos: jornalistas que traem a confiança de seus leitores em troca de algumas migalhas.

Aquilo que se escreve não pode estar a serviço de interesses escusos, mas sim da reflexão crítica e da apuração responsável dos fatos. O jornalismo tem a obrigação de promover o diálogo, apresentar razões e contrarrazões, e garantir o espaço para todas as vozes.

Portanto, desconfie daqueles que usam informações para sabotar ou desacreditar candidaturas, ou que insinuam contradições com base em escolhas partidárias. Essas entrelinhas podem revelar as verdadeiras disputas de narrativas na política alagoana. E apesar de alguns jornalistas não terem vínculos partidários formais, isso não significa que não tenham se alinhado com diversos grupos e interesses, sempre servindo aos que oferecem mais vantagens.

Tão infieis quanto alguns políticos durante as janelas partidárias, numerosos jornalistas atuaram diligentemente na engenharia oculta das chapas eleitorais. O jornalismo alagoano precisa urgentemente se reavaliar e resgatar sua credibilidade. É fundamental que os profissionais da área se comprometam com a verdade, com a profissão e com o debate público saudável. Só assim poderão desempenhar seu papel fundamental de informar e fiscalizar o poder, contribuindo para uma sociedade mais justa e democrática.

Certas informações, fatos e notícias, quando brotam em um texto, nem sempre servem para dizer sobre os personagens apresentados, de quem, pretensamente, se deseja expor, porém, contrariamente, diz bem mais sobre quem escreve.