Dualidade do ser: coração bom, gênio fechado

21/01/2024 08:58 - Coluna do Lininho
Por redação

por Lininho Novais 

 

Ao observar o espelho da alma, percebo que meu coração é um poema aberto, pulsando compassivamente por cada ser que cruza meu caminho. No entanto, como uma dualidade intrigante, meu gênio revela-se um enigma, desafiando aqueles que se aventuram a compreendê-lo.

Cada batida cardíaca é uma sinfonia de empatia, um convite ao entendimento mútuo. Meu coração, qual artesão de afetos, tece laços invisíveis, construindo pontes entre almas que anseiam por conexão. É o silencioso arquiteto de amizades sólidas e amores verdadeiros.

Contudo, como uma tempestade iminente, meu gênio surge como um desafio àqueles que buscam decifrá-lo. Às vezes, é uma chama ardente de paixão e perseverança; em outros momentos, uma neblina densa de reflexões intrincadas. É o enigma que incita sorrisos e também questionamentos.

Meu coração e meu gênio, aliados improváveis, dançam em uma coreografia de contrastes. Em meio à ternura pulsante, há o desafio do temperamento, uma dualidade que adiciona complexidade à narrativa de minha existência. Às vezes, me surpreendo com a harmonia desses elementos tão distintos, enquanto em outros momentos, sou cativado pelo caos de sua coexistência.

Assim, celebro a bênção paradoxal de um coração benevolente e um gênio desafiador. Em um mundo que anseia por autenticidade, reconheço a unicidade dessa jornada interna. Talvez seja na interseção dessas características que reside a verdadeira essência da vida, onde a beleza é encontrada na dança constante entre a compaixão e a complexidade.

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