Segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, o câncer de próstata tem todo o mês de novembro dedicado à conscientização e prevenção. A doença também é a segunda causa de óbitos na população masculina. Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, em todo o país, entre 2019 e 2021 foram 47 mil óbitos pela doença, uma média de 44 mortes por dia. 

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta há uma estimativa de 71 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil até 2025. 

Em entrevista ao CadaMinuto, o urologista Chistiano Mota, falou sobre os sintomas comuns do câncer de próstata, alertou para a necessidade de uma detecção precoce para aumentar as chances de cura, pois a doença é assintomática e os sintomas tendem a aparecer quando ela já está em um estágio avançado. O médico também apontou os fatores de risco, falou sobre a importância do exame de toque retal e disse que campanhas de conscientização e a mídia têm ajudado a quebrar o tabu que envolve o exame para alguns homens.

 O urologista Christiano Mota / Foto: Arquivo Pessoal

Confira a entrevista:

O que é a próstata e como o câncer ocorre nela?

A próstata é uma glândula que participa do sistema reprodutor masculino, responsável pela produção do líquido seminal, do líquido prostático, que compõe o esperma. Ele vai nutrir, ele vai proteger e vai ajudar na composição daquele líquido viscoso, que é o que vai dar suporte para o espermatozoide sobreviver até atingir o objetivo da fecundação. O câncer de próstata surge devido a uma proliferação desordenada das células prostáticas, que é como acontece com qualquer outro tipo de câncer. Então é uma proliferação, uma multiplicação desordenada de algumas células e elas vão formar uma lesão dentro da próstata. É uma lesão que a gente vai chamar de tumor e essa lesão tem um potencial de malignidade grande, porque ela cresce de maneira desordenada, destrutiva. Construindo toda a estrutura do órgão e das estruturas ao redor dele.

É verdade que a doença só demonstra sinais em estágio avançado? Quais são os sintoma?

Normalmente, o câncer de próstata é uma doença que evolui de uma forma silenciosa, assintomática, e o paciente só vai realmente perceber sintomas quando a doença já está em um estágio muito avançado. Por ser uma doença que se inicia por uma proliferação desestruturada e exacerbada das células do órgão, no caso da próstata, inicialmente essa doença se manifesta de uma forma muito local, muito interna da glândula, muito interna do órgão. Conforme essa doença vai avançando, a lesão vai aumentando e começa a comprometer não só a glândula, mas as estruturas ao redor dela. E aí é onde ela começa a comprometer inclusive o sistema urinário e os sintomas começam a surgir. Os sintomas do câncer de próstata quando começam a aparecer o paciente já está no estágio mais avançado, porque a doença, provavelmente ela já saiu localmente da próstata, começou a atingir regiões vizinhas e começa dar sintomas. Estes são, inicialmente, sintomas urinários, então o paciente começa a ter ardência, às vezes, para urinar, dificuldade para urinar, sangramento na urina pode acontecer, são alguns de sintomas que aparecem no estágio mais avançado, um exemplo, doença metastática, onde a doença já saiu da próstata e acomete outros órgãos.  Um dos primeiros órgãos de metástase do câncer de próstata é o osso, então  o paciente pode sentir  muita dor óssea, principalmente nos ossos do quadril, nos ossos da coluna lombar. Estes são alguns sintomas da doença em estado avançado.

Quais as chances de cura se a doença for diagnosticada no início? E quando é esse início / momento?

As chances de cura são muito altas quando o paciente é diagnosticado no início da doença. A gente chega a ter uma taxa de cura acima de 90% nesses pacientes, quando operamos eles. É uma taxa de resposta muito boa para o tratamento curativo. Mas, para isso, a gente precisa realmente diagnosticar o paciente nesse momento inicial, que é quando a doença está restrita à próstata. Ela ainda não avançou e ela não saiu da próstata para regiões locais ou regiões à distância, que é quando a gente chama de metástase. O momento inicial é o que o paciente está sintomático, em que a gente percebe discretos aumentos de PSA, por exemplo, alterações no exame de PSA, alterações no exame do toque retal, onde a gente percebe nodulações, regiões endurecidas na próstata, alterações no exame de ultrassom, que evidencia algum nódulo suspeito na próstata, que vai fazer a gente pedir uma biópsia. Quando a biópsia de próstata vem mostrando que há células malignas nela, está indicado o tratamento. Na maioria das vezes, o tratamento cirúrgico acaba sendo curativo em 90% dos casos. 

Sabe-se que há, por parte de muitos homens, um certo tabu em relação ao exame de toque retal. Qual a importância desse exame e como ele acontece? 

Realmente havia, com grande parte dos homens, um tabu em relação ao exame que hoje vem sendo quebrado, em decorrência das campanhas de conscientização, das campanhas de divulgação e a mídia, que têm ajudado muito nisso e tornado o assunto muito natural e que precisa realmente ser abordado. Isso tem facilitado demais o nosso contato com os pacientes para a realização dos exames. 

A importância do exame de toque é fundamental porque é  nele que a gente consegue sentir a textura da próstata, avaliar se ela tem alguma nodulação, algum caroço, alguma área endurecida que leve a gente a suspeitar de uma doença maligna, de uma doença que precise ser mais investigada. E aí entra a questão da biópsia de próstata, que é indicada quando a gente identifica alguma alteração no exame de toque. Então, ele é de fundamental importância, é um exame indispensável.

Há outro exame que pode detectar o câncer de próstata com a mesma precisão?

Existe hoje na medicina um arsenal de exames que ajudam e auxiliam no diagnóstico de próstata, são exames que se complementam, mas não substituem um ao outro. Temos exames mais modernos, temos exames mais simples. Os mais simples são o ultrassom de próstata, que é um exame que a gente tenta através de uma imagem simples com aparelho de ultrassom, identificar nódulo ou alguma alteração.  Tem o PSA, que é o exame de sangue tradicional e que tenta mostrar alguma atividade irregular da próstata através da alteração do PSA, que se mostra alterado e mais elevado indicando que a próstata pode estar com algum processo inflamatório ou câncer. E tem os exames de imagens modernas, como a  ressonância magnética multiparamétrica da próstata.

O exame de sangue para a dosagem do PSA pode apontar normalidade, mesmo o homem estando com problemas na próstata?

O exame de PSA é um antígeno prostático específico, é uma proteína produzida pelas células da próstata, de um modo geral falando, em que quando há uma atividade diferente na próstata, uma atividade fora do normal, é um exame que ele tende a ser alterado. Porém, quando essa atividade é normal, digamos assim, da próstata, ou seja, quando essa alteração nas células da próstata, elas estão no contágio muito inicial, às vezes não é possível ainda se perceber uma alteração no PSA. Por isso que a gente sempre diz que o PSA, de uma forma isolada, não é capaz sozinho de já evidenciar, em alguns casos, uma doença maligna, ou de levantar a suspeita para uma doença maligna de próstata. 

Quais os estágios do câncer de próstata?

De um modo geral, falando para facilitar o entendimento sobre os estágios do câncer de próstata, a gente pode considerar eles em estágios iniciais, que é quando a próstata está cometida de câncer, mas a doença ainda está retida dentro do órgão. Quando essa doença começa a avançar e ainda não foi possível realizar o diagnóstico, ou porque o paciente realmente não faz consultas regulares ou  não foi submetido uma avaliação por um urologista, a doença avança e pode sair de um estágio local e começar a avançar em direção às extremidades do órgão, acometendo as regiões vizinhas. Aí já é um estágio intermediário, onde a gente começa a dizer que a doença é uma doença localmente avançada. A partir daí, a doença tem um potencial de malignidade para conseguir migrar para outras regiões do corpo. É onde inicia o risco da metástase. Um dos principais focos de metástase inicial da próstata é o osso. Então, a doença migra de localmente avançada para uma doença com metástase óssea.

Quais as formas de tratamento? 

As opções de tratamento disponíveis são várias. Atualmente, a gente dispõe do tratamento mais moderno, do ponto de vista cirúrgico, que é a cirurgia robótica. Uma cirurgia robô assistida, onde o cirurgião vai ter o auxílio e a precisão de um robô para fazer a cirurgia e remover a próstata de uma maneira mais delicada. Temos a cirurgia que já é conhecida, que é a prostatectomia radical. Ela pode ser feita, de forma robótica, de forma videolaparoscopia, que é a cirurgia videodradicional, e a forma mais tradicional que é com a incisão no abdômen. Todas estas são formas de tratamento cirúrgicas. Outra forma de tratamento é por radioterapia que é outro tratamento também eficiente. Há também o tratamento coadjuvante, em algumas situações, com bloqueio hormonal, que tanto pode ser de forma medicamentosa como quanto por castração cirúrgica. 

Como é o pós-cirúrgico?

O pós-operatório varia de acordo com a proposta cirúrgica. Se foi uma cirurgia robótica, que é minimamente invasiva, a cirurgia mais moderna que a gente tem, recuperação é mais rápida. O paciente retorna mais rápido as suas atividades diárias, sua rotina de trabalho, seus hábitos de vida diário. A cirurgia por videolaparoscopia também tem um ótimo resultado em relação a isso, por ser também uma cirurgia minimamente invasiva e o paciente acaba também tem retomada rápidas de suas atividades. A cirurgia via incisão abdominal é a mais tradicional, o paciente tem uma recuperação um pouco mais demorada, a incisão é um pouco maior no abdômen e isso exige uma recuperação um pouquinho mais cuidadosa, para evitar riscos de complicações.

Quais os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata?

Os fatores de risco para o câncer de próstata estão relacionados com a genética também. Então, homens que têm familiares de primeiro grau com diagnóstico ou que tiveram diagnóstico de câncer de próstata, têm um fator de risco aumentado para a doença. Homens da raça negra, estatisticamente têm mais chance de ter câncer de próstata e precisam, inclusive, fazer exames mais cedo. Homens que não têm hábitos de vida saudáveis, ou seja, sedentários, obesos, que não se alimentam de forma adequada, fumantes, pessoas que ingerem grande quantidade de bebida alcoólica também têm risco de ter a doença.

Qual a recomendação para que o homem possa prevenir a doença?

A recomendação é manter hábito de vida saudável, fazer atividade física regularmente, manter uma alimentação saudável e equilibrada, tomar água, evitar consumo excessivo de bebida alcoólica, evitar o tabagismo. Além de combater a obesidade, que vem se mostrando um fator de risco importante para o câncer de próstata. Fazer exames de rastreio para tentar diagnosticar a doença de forma precoce, facilitar o tratamento e a cura da doença. Lembrar que homens de 50 anos de idade, que não tenham histórico familiar da doença, não tenham fatores de risco e não são da raça negra, também devem ser submetidos ao rastreio a partir doesta idade. E os pacientes que já têm um histórico familiar e fatores de risco devem iniciar o rastreio aos 45 anos.

 

Confira a entrevista:

O que é a próstata e como o câncer ocorre nela?

A próstata é uma glândula que participa do sistema reprodutor masculino, responsável pela produção do líquido seminal, do líquido prostático, que compõe o esperma. Ele vai nutrir, ele vai proteger e vai ajudar na composição daquele líquido viscoso, que é o que vai dar suporte para o espermatozoide sobreviver até atingir o objetivo da fecundação. O câncer de próstata surge devido a uma proliferação desordenada das células prostáticas, que é como acontece com qualquer outro tipo de câncer. Então é uma proliferação, uma multiplicação desordenada de algumas células e elas vão formar uma lesão dentro da próstata. É uma lesão que a gente vai chamar de tumor e essa lesão tem um potencial de malignidade grande, porque ela cresce de maneira desordenada, destrutiva. Construindo toda a estrutura do órgão e das estruturas ao redor dele.

É verdade que a doença só demonstra sinais em estágio avançado? Quais são os sintoma?

Normalmente, o câncer de próstata é uma doença que evolui de uma forma silenciosa, assintomática, e o paciente só vai realmente perceber sintomas quando a doença já está em um estágio muito avançado. Por ser uma doença que se inicia por uma proliferação desestruturada e exacerbada das células do órgão, no caso da próstata, inicialmente essa doença se manifesta de uma forma muito local, muito interna da glândula, muito interna do órgão. Conforme essa doença vai avançando, a lesão vai aumentando e começa a comprometer não só a glândula, mas as estruturas ao redor dela. E aí é onde ela começa a comprometer inclusive o sistema urinário e os sintomas começam a surgir. Os sintomas do câncer de próstata quando começam a aparecer o paciente já está no estágio mais avançado, porque a doença, provavelmente ela já saiu localmente da próstata, começou a atingir regiões vizinhas e começa dar sintomas. Estes são, inicialmente, sintomas urinários, então o paciente começa a ter ardência, às vezes, para urinar, dificuldade para urinar, sangramento na urina pode acontecer, são alguns de sintomas que aparecem no estágio mais avançado, um exemplo, doença metastática, onde a doença já saiu da próstata e acomete outros órgãos.  Um dos primeiros órgãos de metástase do câncer de próstata é o osso, então  o paciente pode sentir  muita dor óssea, principalmente nos ossos do quadril, nos ossos da coluna lombar. Estes são alguns sintomas da doença em estado avançado.

Quais as chances de cura se a doença for diagnosticada no início? E quando é esse início / momento?

As chances de cura são muito altas quando o paciente é diagnosticado no início da doença. A gente chega a ter uma taxa de cura acima de 90% nesses pacientes, quando operamos eles. É uma taxa de resposta muito boa para o tratamento curativo. Mas, para isso, a gente precisa realmente diagnosticar o paciente nesse momento inicial, que é quando a doença está restrita à próstata. Ela ainda não avançou e ela não saiu da próstata para regiões locais ou regiões à distância, que é quando a gente chama de metástase. O momento inicial é o que o paciente está sintomático, em que a gente percebe discretos aumentos de PSA, por exemplo, alterações no exame de PSA, alterações no exame do toque retal, onde a gente percebe nodulações, regiões endurecidas na próstata, alterações no exame de ultrassom, que evidencia algum nódulo suspeito na próstata, que vai fazer a gente pedir uma biópsia. Quando a biópsia de próstata vem mostrando que há células malignas nela, está indicado o tratamento. Na maioria das vezes, o tratamento cirúrgico acaba sendo curativo em 90% dos casos. 

Sabe-se que há, por parte de muitos homens, um certo tabu em relação ao exame de toque retal. Qual a importância desse exame e como ele acontece? 

Realmente havia, com grande parte dos homens, um tabu em relação ao exame que hoje vem sendo quebrado, em decorrência das campanhas de conscientização, das campanhas de divulgação e a mídia, que têm ajudado muito nisso e tornado o assunto muito natural e que precisa realmente ser abordado. Isso tem facilitado demais o nosso contato com os pacientes para a realização dos exames. 

A importância do exame de toque é fundamental porque é  nele que a gente consegue sentir a textura da próstata, avaliar se ela tem alguma nodulação, algum caroço, alguma área endurecida que leve a gente a suspeitar de uma doença maligna, de uma doença que precise ser mais investigada. E aí entra a questão da biópsia de próstata, que é indicada quando a gente identifica alguma alteração no exame de toque. Então, ele é de fundamental importância, é um exame indispensável.

Há outro exame que pode detectar o câncer de próstata com a mesma precisão?

Existe hoje na medicina um arsenal de exames que ajudam e auxiliam no diagnóstico de próstata, são exames que se complementam, mas não substituem um ao outro. Temos exames mais modernos, temos exames mais simples. Os mais simples são o ultrassom de próstata, que é um exame que a gente tenta através de uma imagem simples com aparelho de ultrassom, identificar nódulo ou alguma alteração.  Tem o PSA, que é o exame de sangue tradicional e que tenta mostrar alguma atividade irregular da próstata através da alteração do PSA, que se mostra alterado e mais elevado indicando que a próstata pode estar com algum processo inflamatório ou câncer. E tem os exames de imagens modernas, como a  ressonância magnética multiparamétrica da próstata.

O exame de sangue para a dosagem do PSA pode apontar normalidade, mesmo o homem estando com problemas na próstata?

O exame de PSA é um antígeno prostático específico, é uma proteína produzida pelas células da próstata, de um modo geral falando, em que quando há uma atividade diferente na próstata, uma atividade fora do normal, é um exame que ele tende a ser alterado. Porém, quando essa atividade é normal, digamos assim, da próstata, ou seja, quando essa alteração nas células da próstata, elas estão no contágio muito inicial, às vezes não é possível ainda se perceber uma alteração no PSA. Por isso que a gente sempre diz que o PSA, de uma forma isolada, não é capaz sozinho de já evidenciar, em alguns casos, uma doença maligna, ou de levantar a suspeita para uma doença maligna de próstata. 

Quais os estágios do câncer de próstata?

De um modo geral, falando para facilitar o entendimento sobre os estágios do câncer de próstata, a gente pode considerar eles em estágios iniciais, que é quando a próstata está cometida de câncer, mas a doença ainda está retida dentro do órgão. Quando essa doença começa a avançar e ainda não foi possível realizar o diagnóstico, ou porque o paciente realmente não faz consultas regulares ou  não foi submetido uma avaliação por um urologista, a doença avança e pode sair de um estágio local e começar a avançar em direção às extremidades do órgão, acometendo as regiões vizinhas. Aí já é um estágio intermediário, onde a gente começa a dizer que a doença é uma doença localmente avançada. A partir daí, a doença tem um potencial de malignidade para conseguir migrar para outras regiões do corpo. É onde inicia o risco da metástase. Um dos principais focos de metástase inicial da próstata é o osso. Então, a doença migra de localmente avançada para uma doença com metástase óssea.

Quais as formas de tratamento? 

As opções de tratamento disponíveis são várias. Atualmente, a gente dispõe do tratamento mais moderno, do ponto de vista cirúrgico, que é a cirurgia robótica. Uma cirurgia robô assistida, onde o cirurgião vai ter o auxílio e a precisão de um robô para fazer a cirurgia e remover a próstata de uma maneira mais delicada. Temos a cirurgia que já é conhecida, que é a prostatectomia radical. Ela pode ser feita, de forma robótica, de forma videolaparoscopia, e da forma mais tradicional que é com a incisão no abdômen. Todas estas são formas de tratamento cirúrgicas. Outra forma de tratamento é por radioterapia que é outro tratamento também eficiente. Há também o tratamento coadjuvante, em algumas situações, com bloqueio hormonal, que tanto pode ser de forma medicamentosa como quanto por castração cirúrgica. 

Como é o pós-operatório?

O pós-operatório varia de acordo com a proposta cirúrgica. Se foi uma cirurgia robótica, que é minimamente invasiva, a cirurgia mais moderna que a gente tem, recuperação é mais rápida. O paciente retorna mais rápido as suas atividades diárias, sua rotina de trabalho, seus hábitos de vida diário. A cirurgia por videolaparoscopia também tem um ótimo resultado em relação a isso, por ser também uma cirurgia minimamente invasiva e o paciente acaba também tem retomada rápidas de suas atividades. A cirurgia via incisão abdominal é a mais tradicional, o paciente tem uma recuperação um pouco mais demorada, a incisão é um pouco maior no abdômen e isso exige uma recuperação um pouquinho mais cuidadosa, para evitar riscos de complicações.

Quais os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata?

Os fatores de risco para o câncer de próstata estão relacionados com a genética também. Então, homens que têm familiares de primeiro grau com diagnóstico ou que tiveram diagnóstico de câncer de próstata, têm um fator de risco aumentado para a doença. Homens da raça negra, estatisticamente têm mais chance de ter câncer de próstata e precisam, inclusive, fazer exames mais cedo. Homens que não têm hábitos de vida saudáveis, ou seja, sedentários, obesos, que não se alimentam de forma adequada, fumantes, pessoas que ingerem grande quantidade de bebida alcoólica também têm risco de ter a doença.

Qual a recomendação para que o homem possa prevenir a doença?

A recomendação é manter hábito de vida saudável, fazer atividade física regularmente, manter uma alimentação saudável e equilibrada, tomar água, evitar consumo excessivo de bebida alcoólica, evitar o tabagismo. Além de combater a obesidade, que vem se mostrando um fator de risco importante para o câncer de próstata. Fazer exames de rastreio para tentar diagnosticar a doença de forma precoce, facilitar o tratamento e a cura da doença. Lembrar que homens de 50 anos de idade, que não tenham histórico familiar da doença, não tenham fatores de risco e não são da raça negra, também devem ser submetidos ao rastreio a partir doesta idade. E os pacientes que já têm um histórico familiar e fatores de risco devem iniciar o rastreio aos 45 anos.