Um senador com atuação apagada, para não dizer medíocre, é favorito na corrida pelo governo de Alagoas. Segundo a pesquisa DataSensus, divulgada nesta terça pelo CADA MINUTO, o arapiraquense Rodrigo Cunha lidera a disputa com folga, bem distante dos demais possíveis adversários. Ao que parece, o conjunto de nomes é de doer, o que facilita as coisas para o “jovem” político. E o que diabos esses pré-candidatos têm a apresentar para pedir o nosso voto? Difícil.

Além do irrelevante senador tucano, a pesquisa lista mais quatro figuras como postulantes a comandar o estado. Um deles é o prefeito de Pilar, Renato Filho. Os outros três são os deputados estaduais Paulo Dantas, Antônio Albuquerque e Jó Pereira. Realmente, com essas opções, pensar em urna e eleição não é nada empolgante.

Desse time, o mais rodado é Albuquerque, legítimo representante da vanguarda do atraso. No sétimo mandato na Assembleia Legislativa, elegeu um filho deputado federal e emplacou outro como secretário estadual. Como de outras vezes, a candidatura de AA ao governo não passa de jogo de cena, tática para fazer barulho, ganhar holofotes.

Renato Filho, Jó Pereira e Paulo Dantas estão mais ou menos no mesmo nível de fragilidade política, digamos assim. A meritocracia nessa turma decorre da herança. Herdeiros de famílias abastadas na sofrida Alagoas, “renovam” a tradição do ainda incontornável coronelismo típico do fim do mundo. Mas, mesmo poderosos, dificilmente furam a “bolha” de suas províncias.

Por isso, praticamente sem adversários até agora, Rodrigo Cunha está à frente em três cenários desenhados pela pesquisa. A depender da combinação dos demais nomes, ele varia entre 31% e 41% das intenções de voto. Periga levar no primeiro turno se nada acontecer mais adiante.

Ainda é cedo. Aposto que esse quadro muda em breve. A pesquisa não listou o nome do prefeito de Maceió, JHC, que está na maior ansiedade diante da possibilidade de sair candidato ao governo.

Outro que pode entrar nessa guerra é o senador Fernando Collor, como já especulei em texto anterior. Isso porque, para renovar o mandato no Senado, ele terá de enfrentar Renan Filho – um rival quase imbatível, segundo as pesquisas revelam até aqui. A ver os próximos lances após a divulgação dos números do DataSensus.