Quinze dias após a transferência da localização dos fretistas, do Centro de Arapiraca para o Santa Edwiges, nas imediações do Clube do SESC, os donos de caminhões voltam a protestar, após contabilizarem prejuízos de mais de 70% em sua renda. A mudança faz parte da proposta de readequação do trânsito criada pela SMTT para a implantação da Zona Azul e não está agradando a categoria. 

Alguns donos de caminhões de fretes já pensam em abandonar o ramo, já que chegavam a pegar três ou quatro fretes por semana e agora fazem, em média, um ou dois em duas semanas. O drama aumentou após a prefeitura ter realocado os trabalhadores para uma área distante do Centro comercial, local tradicional para conseguirem garantir o sustento das famílias e as despesas com manutenção dos caminhões.   

Os motoristas também reclamam da falta de divulgação do poder público em não informar à população o novo endereço que abrigam os caminhões de frete. O local não tem estrutura, conforme destacou um dos frentistas, sem banheiros, sem abrigo para os autônomos, nem mesmo iluminação na rua, mas o pior mesmo é a falta de clientes, o que causa prejuízo financeiro. 

A mudança também afeta os empresários do centro comercial que precisam fazer um alto investimento para adquirir veículos dentro dos padrões estabelecidos pelo órgão de trânsito. Por sua vez, os donos de caminhões que prestam serviços de frete agonizam após mudança do ponto. 

De acordo com a Superintendência de Transportes e Trânsito, as ações desenvolvidas nesses dez meses de gestão buscam melhorias das condições de trabalho dos agentes, criação de programas de educação no trânsito e a implantação da Zona Azul, para que sejam criadas alternativas para a fluidez e reordenamento do tráfego na área central de Arapiraca.