MP irá recorrer de sentença de acusados de assassinar Abinael: “Hediondez do crime merece uma resposta à altura”

27/10/2021 15:44 - Justiça
Por Vanessa Alencar
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A promotora de Justiça Ana Cecília Dantas, que atuou no julgamento de quatro acusados no homicídio de Abinael Saldanha, ocorrido em 2016, anunciou nesta quarta-feira (27) que já entrou em contato com a promotora titular de Rio Largo para que o Ministério Público Estadual recorra da sentença proferida para todos os réus nesta madrugada.

O júri popular aconteceu no Fórum de Rio Largo e foi conduzido pela juíza Eliana Machado, titular da 3ª Vara Criminal de Rio Largo.

Amigo de infância e colega de trabalho de Abinael, Ericksen Dowell, acusado de ser o mandante do crime, e os acusados pela execução, Deivison Bulhões da Rosa Santos e Jalves Ferreira da Silva, foram condenados a 20 anos e nove meses de prisão cada, em regime fechado. 

Já o réu Jonathas Barbosa de Oliveira, foi condenado apenas por ocultação de cadáver, com pena de dois anos. Com a decisão, ele deve deixar o Sistema Prisional de Alagoas. 

Ao falar sobre o resultado do julgamento, por meio da assessoria de Comunicação do MP a promotora citou especialmente a sentença proferida em relação à condenação de Jonathas apenas por ocultação de cadáver, “uma vez que ficou devidamente comprovada sua participação em toda a logística criminosa, que não teria ocorrido sem ele”. 

“A hediondez deste crime merece uma resposta à altura por parte do Estado. No que depender do MP a família e a sociedade podem ficar tranquilas, pois Abinael não será esquecido”, afirmou Ana Cecília. 

A denúncia

Conforme a denúncia do MP o crime ocorreu após a vítima descobrir que Ericksen desviava valores da empresa em que trabalhavam. Abinael foi sequestrado ao sair da casa da noiva e levado para as proximidades da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, onde foi assassinado a tiros. 

Após o homicídio, os acusados atearam fogo no carro da vítima, cujo corpo só foi encontrado sete dias depois do crime.

A denúncia aponta Ericksen como o autor intelectual do homicídio. De acordo com o MP/AL, o acusado contratou Deivison por R$ 6 mil para cometer o assassinato. Deivison, por sua vez, contratou Jalves e Jonathas para que estes pusessem em prática o homicídio, a ocultação do cadáver e o incêndio do veículo.

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