Caso Abinael Saldanha: Júri condena mandante de assassinato a mais de 20 anos de prisão

27/10/2021 06:15 - Justiça
Por Redação
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Na madrugada desta quarta-feira (27) o Júri deu a sentença de condenação aos réus pelo sequestro e assassinato de Abinael Ramos Saldanha, ocorrido em 2016. Ericksen Dowell da Silva Mendonça, que foi apontado como autor intelectual do crime, foi condenado a 20 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. 

Os outros envolvidos Deivison Bulhões da Rosa Santos e Jalves Ferreira da Silva receberam a mesma pena por terem executado o crime e o último envolvido, Jonathas Barbosa de Oliveira, foi condenado apenas pela ocultação de cadáver recebendo uma pena de dois anos de prisão. 

Como eles já estavam presos desde á época do crime, Jonathas Barbosa foi colocado em liberdade. Durante os depoimentos, Alexandre Gomes, então chefe da vítima, confirmou que Ericksen desviou mais de R$ 28 mil da empresa.

O júri popular aconteceu no Fórum de Rio Largo e está sendo conduzido pela juíza Eliana Machado, titular da 3ª Vara Criminal de Rio Largo.

Também ouvida como testemunha, a noiva da vítima, Elayni Kelly Oliveira de Medeiros, contou que questionou a Ericksen sobre o paradeiro do noivo. Os três trabalhavam na mesma empresa. 

Segundo Kelly, Ericksen, que além de colega de trabalho era amigo de infância de Abinael, participou das buscas e de grupos de orações. Depois o acusado disse a ela que o noivo deveria ter “viajado”.

A denúncia

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), o crime ocorreu após a vítima descobrir que Ericksen desviava valores da empresa em que trabalhavam. Abinael foi sequestrado ao se deslocar da casa da noiva para sua residência e levado para as proximidades da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, onde foi assassinado a tiros.

Ainda segundo o MP/AL, após o homicídio, os acusados atearam fogo no carro da vítima. O celular de Abinael chegou a ser furtado. O corpo da vítima só foi encontrado sete dias depois do crime.

A denúncia aponta Ericksen como o autor intelectual do homicídio. De acordo com o MP/AL, o acusado contratou Deivison por R$ 6 mil para cometer o assassinato. Deivison, por sua vez, subcontratou Jalves e Jonathas para que estes pusessem em prática o plano de assassinar a vítima, ocultar o cadáver e incendiar o veículo.

Em depoimento, Ericksen, Deivison e Jalves confessaram envolvimento no crime. Já o réu Jonathas negou participação no caso.

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