“O ballet da destruição em Maceió” Um apelo da professora Eliana Cavalcanti sobre o caso Braskem

31/01/2021 15:52 - Trabalho do Carvalho
Por redação
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As autoridades permitem que milhares de famílias e empreendedores afundem no buraco da omissão criado em um dos maiores acidentes ambientais em curso no planeta.

Parte da história e da cultura de Alagoas também vem sendo enterrada por conta da mineração predatória que por décadas perfurou o subsolo dos bairros do Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, colapsando o terreno e criando uma bomba de efeito retardado que aos poucos vai rachando paredes, telhados e a alma da população.

A professora Eliana Cavalcanti, bailarina e empresária, dedicou-se quase meio século à cultura de Maceió. Seu nome é referência na formação de alunos e profissionais da dança. Um breve resumo de sua vida e luta está circulando nas redes sociais. No relato, ela informa que, pela bagatela de R$ 10 mil, foi obrigada a assinar um termo no qual renuncia à posse de sua propriedade, sua tão conhecida academia de ballet, em razão de um acordo Braskem/Ministério Público, sem saber ao certo quando e se receberá alguma indenização.

Por coincidência, no mesmo dia em que seu grito de desespero circula nas redes sociais, é publicada matéria do Conselho Nacional de Justiça – CNJ com o título “Caso Pinheiro: a maior tragédia que o Brasil já evitou”. Sem dar voz a quem sofre, a publicação é escrita no clima de “caso encerrado”, conciliação aceita, negócio bom para ambas as partes. 

Como assim? Tragédia evitada? 

Milhares de pessoas perderam suas casas. Centenas de empreendimentos foram encerrados. Bairros inteiros tiveram que ser isolados deixando um rastro de desolação. Negociações intermináveis para buscar indenizações. Essa tragédia está viva e continua arrastando uma parte de Maceió para o buraco.

As leis e as instituições são como teias de aranha: muito eficientes para pegar pequenos insetos, mas facilmente rasgadas por animais maiores que conseguem escapar completamente ilesos, independentemente das proporções da catástrofe que provocaram.

Par ver conhecer a luta da professora Eliana Cavalcanti: 

Para ter acesso à matéria do CNJ:

https://www.cnj.jus.br/caso-pinheiro-a-maior-tragedia-que-o-brasil-ja-evitou/

Leia o apelo da professora:

 

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