Os aprovados do último concurso público do município de Feira Grande, que foi realizado em 2016, veem o mandato do prefeito prestes a expirar com a certeza de que não serão convocados ao trabalho, pelo menos não em 2020, já que a Legislação Eleitoral proíbe nomeações durante este período. 

A angústia se mistura à revolta, já que durante os últimos anos a opção da gestão foi nomear pessoas da família para cargos que poderiam ser ocupados pelos concursados. 

Além do crime de nepotismo, como registra a Lei nº 8.112, de 1990, os parentes do prefeito mal aparecem para trabalhar, alguns atuam em empresas particulares em horário comercial, outros residem fora da cidade e nunca trabalharam em setor algum.

São eles: 

Janaina Maria Lira Silva, salário R$ 3 mil, é prima do prefeito; 

Jânio Lira Silva, salário R$ 3.300, é primo do prefeito e divide seu tempo entre a prefeitura e outras empresas da iniciativa privada; 

Leilane Cristina Lira, salário R$ 2.800, é prima do prefeito e não trabalha na cidade;

Dalton Rogério Silva Lira, salário R$ 3 mil, é primo do prefeito; 

Maria de Fátima Lira, salário R$ 1.500, é prima do prefeito e está lotada na secretária de agricultura, mas trabalha em Arapiraca numa clínica;

Enaldo da Mota, salário R$ 3 mil, vende quentinhas em Arapiraca, mas ainda continua recebendo seus honorários mensalmente;

Williams Tenório Cavalcante Filho, salário R$ 1.800, é esposo da Janaina (prima do prefeito) e mora em São Miguel dos Campos; 

Karem Millena Lira Brito, salário R$ 1.458, é prima do prefeito;

Thaisa Pereira Lira recebe R$ 1.500, e é mais uma prima do gestor, mas mora na em Maceió há mais de um ano onde trabalha como recepcionista num salão de beleza; 

Todos os citados tem cargos comissionados. A lista de contratados é dez vezes maior de funcionários parentes do prefeito, mas não é divulgada.