Moro molesta o idioma e fulmina o direito

09/11/2019 18:23 - Blog do Celio Gomes
Por Redação
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Lutar pela Justiça e pela segurança pública não é tarefa fácil. Previsíveis vitórias e revezes. Preferimos a primeira e lamentamos a segunda, mas nunca desistiremos. Essa mensagem é de Sérgio Moro (foto), o juiz que largou a toga depois de trabalhar como cabo eleitoral de Jair Bolsonaro e, eleito o governo, virou ministro do amigão das milícias cariocas. Eu destaquei, no texto do suposto ex-magistrado, a palavra que na verdade se escreve com “s”, assim: reveses. Este é Sérgio Moro, que além de criminoso, é analfabeto.

Ser analfabeto não é desonra para ninguém. Mas um sujeito que está no topo da elite do país, todo engomadinho com esses ternos cafonas, deveria ter aprendido o básico sobre o idioma de Camões. Mas não. Moro desconhece os mais rudimentares requisitos para se expressar na língua portuguesa. Por isso, usa algum dialeto peculiar, de suas origens, do mundo privilegiado em que habita.

Ele já chamou cônjuge de “conje”, recorreu a “vim” quando deveria ter dito “vir” e ainda fez um escambo entre “sobre” e “sob”. O elemento é um maníaco torturador da velha gramática. É como se tivesse licença para matar toda e qualquer forma de correção no discurso. Era com essa mesma ligeireza, com esse mesmo grau de competência que Moro decidia sobre o destino de pessoas.

Talvez o leitor considere desnecessária essa blitz gramatical em cima do marreco de Curitiba. Mas não é exclusivamente por isso que escrevo. Veja, ele se vendeu ao grande público como um verdadeiro gênio na ciência do direito. Além da aura de grande sábio, o homem foi apresentado pela imprensa deslumbrada como verdadeiro herói. Era uma mistura de santo e baita intelectual.

Então... Como se constata, Moro é tão ruim na grafia de palavras e na conjugação verbal quanto é péssimo na aplicação do direito. Quem fala e escreve como esse elemento, não tenha dúvida, também não pode ter um pensamento saudável. Podem pesquisar: isso é uma equação científica.

Nas ocasiões em que Moro foi flagrado por seus crimes contra o idioma, viu-se que ele reagiu de modo bisonho, tentando responder com uma certa soberba, ensaiando uma resposta “erudita”. A coisa toda ficou ainda pior – porque o ex-juiz pertence à categoria dos ignorantes orgulhosos.

Pois foi com esse mesmo jeitão truculento – com o qual trata a última flor do Lácio, inculta e bela – que Moro sempre tratou o direito. Ele é uma farsa em sentido amplo, especialista em violar a língua e o processo judicial. É um serial killer à caça de suas vítimas nos códigos gramaticais e jurídicos.

Durante seu tempo de juiz, o bolsonarista envernizado vivia protegido por uma blindagem inexpugnável. Ninguém chegava nem perto do “jênio”. Não era contestado. Não dava entrevistas. Não prestava contas. Falava sozinho, quando bem queria, sem enfrentar perguntas. Era o rei da gandaia.

Bastou uma entrevista coletiva, no começo do governo miliciano do Jair, para que o horror viesse à luz do sol. Desde então, a cada vez que abre a boca ou tenta rabiscar quatro linhas na rede social – deve ser um sofrimento pra ele! –, a presepada é certa. Sérgio Moro é só uma fraude ambulante.

Com o velho Lula solto por aí, o juizinho marginal que corrompe as leis está agoniado. É a mesma reação de seu chefe, o capitão da quadrilha que se instalou no Palácio do Planalto. Vamos ver. Moro e Bolsonaro torturam os fatos para fazer valer a mentira. Resta torcer para o STF agir com coragem.

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