1. Jair Bolsonaro e Neymar Junior se encontraram no Mineirão, no dia do jogo entre Brasil e Argentina. Casal perfeito. O cabeça de vento da Seleção Brasileira, que joga bola nos intervalos de suas armações com sonegação fiscal – e que responde por acusação de estupro –, segue dando exemplo de como se portar como um “cidadão de bem”. A imagem do presidente com o sujeito que virou piada mundial depois da Copa 2018 é uma tradução do país governado por cretinos.

2. Sergio Moro segue determinado em sua descida às camadas mais profundas do esgoto. O juiz parcial, que fraudava processos para decidir ao arrepio das leis, foi chamado de “ladrão” durante depoimento a comissões da Câmara Federal. Para quem até um dia desses se portava como o rei da gandaia, é uma quadra melancólica. A cada vez que fala, ele se enrola mais no emaranhado de mentiras que é obrigado a sustentar, diante do saco de bandalheiras revelado pelo Intercept.

3. No aniversário de seis meses, o ridículo e desastroso governo do capitão da tortura é radiografado de maneira implacável pelos maiores veículos de comunicação do mundo. O Brasil tem hoje um governante visto como um sujeito ligado a milícias, que despreza direitos humanos e, como se não faltasse mais nada, ainda homenageia militar notoriamente nazista. Agora está claro por que o Beato Salu, o perturbado chanceler Araújo, garante que o nazismo é de esquerda.

4. A nova direita está mais doidinha do que o Carluxo. Na última passeata dos seguidores da seita, em apoio ao indecente Moro, os garotões saíram na porrada entre eles mesmos. Sobrou para os filiados ao MBL – o movimento bolsonarista desde sempre, mas que hoje é visto como “traidor” pelos fanáticos que babam pelas botas do Jair. Entre esses luminares da política é assim: tem de apoiar o que o líder ordena, mesmo que para tanto tenham de passar vergonha nas ruas.

5. Para defender o ex-juiz que se vendeu por um ministério, a igrejinha dos bolsonaristas apela à fantasia e a falsidades de toda ordem. Moro é criminoso? Não, ele é vítima do Foro de São Paulo, rebatem comovidamente os “intelectuais” olavetes, sem medo da ridicularia. O juizinho de Curitiba inventa “provas” para embasar suas sentenças? Não, é tudo uma trama do Jean Wyllys, aquele maldito que foi embora e vive a falar mal da pátria. Como se vê, a seita tem argumentos.

6. Por falar em seita e fiéis, o cozinheiro Henrique Fogaça está no olho do furacão. Celebridade no mundo das comidinhas chiques, ele despertou a fúria beata dos coroinhas do bolsonarismo. Tudo começou depois que o descolado postou foto em que aparece com uma camisa que é toda heresia: a estampa mostra duas garotas em trajes de freira tascando um beijo na boca. Nas redes sociais, cidadãos de bem alagoanos estão à beira de um colapso. Defendem fogueira para o chef.

7. Depois do Cabo Bebeto na Assembleia Legislativa de Alagoas, o PSL procura nomes para a eleição de prefeito e vereador no ano que vem. Em Maceió, as “lideranças” que seguem os ideais patrióticos do presidente tarado por tortura analisam currículos. Alguns requisitos obrigatórios para se candidatar: ser bom de tiro, desprezar todas as minorias, culpar a mulher que foi estuprada (quem mandou usar aquela saia?), defender milícias e odiar a ciência. Esse é o nível!