Representantes da Braskem voltaram a afirmar que não existe nenhuma relação entre os problemas estruturais no bairro Pinheiro e o trabalho realizado pela empresa na região. No encontro realizado na tarde desta quarta-feira (23), com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Tutmés Airan, o grupo afirmou ainda que há uma falha geológica que pode estar provocando os danos às residências e vias públicas.
“Nós tínhamos quatro poços em operação no Pinheiro, dois já não funcionavam há mais de dez anos e decidimos desativar os outros dois devido aos abalos sísmicos, por precaução”, repetiu Milton Pradines, gerente de Relações Institucionais da Braskem. A mesma informação já tinha sido dita ontem, durante encontro do grupo com o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, no Ministério Público.
Ao serem questionados pelo presidente do TJ, os consultores confirmaram que a referida falha pode provocar desabamentos de imóveis no local, principalmente se ocorrerem chuvas fortes ou temporais.
Sugestão
"O desespero maior é a completa ausência de informação", afirmou Tutmés Airan durante o encontro. Para ele, a Prefeitura de Maceió deveria disponibilizar uma central com técnicos apenas para esclarecer e orientar os moradores do bairro sobre questões como pagamento de IPTU e aluguel.
Antes do encontro com representantes da empresa, na segunda-feira (21) o presidente do TJ já havia recebido integrantes do movimento SOS Pinheiro, que explanaram a situação do bairro e as dificuldades sofridas pelos moradores. Eles também pediram um auxílio jurídico mais intenso para o caso.
*Estagiária, sob supervisão da editoria