A policial militar Katia Sastre, aquela que matou um assaltante em São Paulo, deve sair candidata a deputada federal. É claro que caciques de variados partidos não perderam tempo e fizeram convites a ela para uma filiação. A cabo ainda não decidiu a sigla pela qual lançará sua candidatura. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ela diz que, caso dispute a eleição, será “pela honra de Deus”. Seus ídolos na política: Bolsonaro e Tiririca. É o ideal para a “nova direita” que pretende salvar o Brasil.

 

A eleição para o Senado em Alagoas rende os lances de maior tensão – e também lorotas e pegadinhas de todos os tipos. Como é inescapável nesses tempos, as jogadas mais arriscadas (e algumas delirantes) estão nas redes sociais. Há informações que somente ali, no ambiente virtual quase sem controle, podem correr soltas. As promessas não guardam qualquer vínculo com a realidade. Em outra via, as denúncias e insinuações contra adversários atropelam fatos e bom senso.

 

O Tribunal Superior Eleitoral acaba de determinar que sejam apagadas, numa página do Facebook e num site, notícias falsas contra Marina Silva, candidata a presidente. Fui ver o site. É abertamente um espaço para atacar qualquer adversário de Jair Bolsonaro. Ou, se você preferir, para defender pautas da extrema direita. Lula, Ciro Gomes e o PT são alvos preferenciais da bandalheira disfarçada de jornalismo. Esse tipo de ação criminosa terá peso crucial na hora do voto.

    

O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, foi alvo de operação da Polícia Federal, autorizada pelo STF. Houve busca e apreensão em seus endereços. Ele foi citado por um delator que confessa pagamento de propina. Não é o único integrante do TCU enroscado em estripulias suspeitas. Já defendi aqui a extinção dos Tribunais de Contas de todo o país. Servem apenas para politicagem e troca de favores entre os donos do poder. Alagoas, claro, ostenta um TC exemplar.

 

A investida dos militares do Batalhão de Trânsito sobre o manobrista da OAB revela um padrão. Vocês viram o vídeo em que o PM atira no alvo pelas costas. Eu diria até que foi um milagre o atirador acertar a perna do rapaz. Nesses casos, geralmente o agente da lei não costuma tomar esses cuidados. Fora isso, não entendi direito o vínculo do manobrista com a OAB. Ele é funcionário, segundo li. Trabalhando como uma espécie de flanelinha?! Sei não, mas é cada coisa!