A turminha de procuradores histéricos da Lava Lato de Curitiba ameaça a gestão de Raquel Dodge, a nova chefe do Ministério Público Federal. Antes mesmo de assumir o cargo de procuradora-geral da República, o que ocorre nesta segunda-feira 18, ela já foi alvo dos primeiros golpes por parte dos rapazes mais descontrolados do próprio MPF.
Acostumados ao vale-tudo de Rodrigo Janot, os monopolistas da verdade espalham calúnias que tentam atingir a credibilidade da nova procuradora-geral. Agindo como os cretinos barulhentos nas redes sociais, que vivem de difamar a honra de qualquer um, as viúvas de Janot insinuam que Raquel Dodge dará um freio no combate à corrupção.
Na verdade, a procuradora não era a favorita da turma de Janot, e houve tentativas de sabotar sua escolha. Descontentes com o resultado da consulta interna, os deslumbrados caçadores de holofotes partiram para o jogo sujo – e para isso contaram com setores da imprensa. Não se sabe bem os motivos, mas a Globo esteve na vanguarda dessa campanha difamatória.
Quando percebeu que a investida não colava, o jornalismo da Globo cessou a artilharia. Vamos esperar para ver o tom da cobertura a partir do momento em que Raquel Dodge assumir oficialmente o cargo. Está a maior expectativa no circuito Rio-Brasília sobre como a Globo, tão zelosa que é no trato com seus poderosos favoritos na esfera pública, vai se comportar daqui por diante.
Chama atenção o quanto a emissora carioca protegeu o senhor Janot até o fim de sua bizarra jornada. O homem recebeu tratamento de rei incontestável, mesmo tomando decisões equivocadas e arbitrárias. Nenhum outro dos grandes veículos de imprensa do país bajulou com tamanho gosto o ridículo arqueiro das flechas de bambu.
A trajetória de Raquel Dodge sinaliza que estaremos livres da afetação e dos modos degenerados que dominaram a PGR nos últimos tempos. A procuradora só precisa ficar atenta aos sabotadores dentro de sua própria casa, órfãos da licenciosidade do antigo chefão.