A panela

30/08/2016 11:01 - Cozinha Intuitiva
Por redação
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A panela

 
A panela é com certeza a melhor amiga do cozinheiro. Entra receita, sai receita, as panelas estão lá, calmas, quietas esperando a sua próxima missão.
 
Muitas panelas revelam-se no primeiro momento, no primeiro olhar, outras já reservam um pouco de mistério. Podemos definir de forma despretensiosa as panelas mais longas como as ideais para os caldos; as mais largas para guisados; as mais grossas para o cozimento longo, onde o calor se dissipa uniformemente por toda a superfície, cozinhando lentamente aquele delicioso pato, ou a galinha velha pega no sítio ou trazida por um amigo. Não podemos esquecer as frigideiras e tachos, indispensáveis para as frituras, farofas e ovos. Temos também a temível panela de pressão (muita gente treme só de imaginar em utiliza-la), com ela perdemos em apresentação de alguns alimentos com o polvo (fica sem a firmeza de seus tentáculos), mas igualamos o cozimento do (teimoso) pé de porco na feijoada.
Enfim, todas essas atividades e tarefas deixam marcas em nossas queridas amigas, seja pelo fogão que solta mais gás do que deveria, ou as quedas, a forma de guardar, aquela comida que queimou e deixou marcas quase impossíveis de sumir.
 
Todas elas (as marcas nas panelas) nos contam muito sobre sua vida e utilidade, revelam se são apenas para enfeite, ou dias de festas, ou se realmente estão ali no dia a dia de uma das  nossas atividades mais primárias, a alimentação.
 
Mas acabaram por inventar a lustrador, tristes panelas, todas elas perdem sua história pelas mãos de terríveis perfeccionistas que teimam em deixar as coisas como elas não são.
 
 
Confesso: acabei de esfregar uma frigideira até a exaustão. No fim não a reconheci.

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