Olá, pensadores!
O homem Luís Inácio Lula da Silva é livre para fazer o que quiser. É livre para ganhar e oferecer presentes, para beber ou usar outras substâncias entorpecentes lícitas, para frequentar festas das mais variadas naturezas e estilos, para falar alto... Tem liberdade, inclusive, para trair sua esposa. A intimidade de sua vida privada não interessa a ninguém e, como direito fundamental, deve ser preservada. Seus casos extraconjugais são problemas dele, de sua esposa e de seus filhos. Só, e somente só, a eles interessa.
Todavia, o Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, tendo assumido livre e espontaneamente este encargo público, deve satisfações de suas condutas, todas as vezes que elas interferirem na sua posição como mandatário da nação, como chefe do executivo federal e como representante internacional do Estado Brasileiro. E deve tais explicações mesmo que seu mandato tenha expirado, mormente se tais atos incompatíveis somente tenham sido descobertos agora. Os presentes, a bebida, o comportamento público e, claro, a traição do presidente que tenham prejudicado à nação devem ser objeto de profunda investigação, censura e, se restar comprovada a improbidade, a ilegalidade ou a ilicitude da conduta, tem de haver a correlata penalidade.
O caso entre a “senhora” Rosemary e o “PR” (apelido carinhoso que a amante lhe deu), recentemente noticiado pela imprensa nacional, seria, como têm dito os petistas fanáticos, problema particular de Lula se a “pulada de cerca” do “cara” não implicasse nomeações para cargos em agências reguladoras e nem para diretorias no Banco do Brasil. Se a moeda paga pelo presidente pelo sexo que fez, reiteradamente, com sua meretriz não fosse oriunda do dinheiro e função públicos. Se a traição dele não envolvesse corrupção das mais ordinárias.
Em tempos em que o STF julga um dos mais escandalosos esquemas de corrupção que o Brasil já vivenciou, esquema gerido pelo mais querido amigo de Lula, José Dirceu, e outros comparsas do ex-presidente, condenando-os de forma exemplar, Lula, que saiu imune desta lameira toda com a esfarrapada desculpa de “não ter ciência de nada”, demonstra que seu mandato tem, ainda, muita mutreta encoberta. O caso com sua quenga e o tráfico de influência derivada dessa relação adulterina é, estou certo, apenas um exemplo disso.
A conduta do então Presidente da República envergonha não a mim, que nunca engoli sua imagem de incorruptível, simplesmente, porque nenhum homem o é, mas a todos os seus cegos e sanguinários defensores. Dá-lhes prova, inconteste, de que ele peca, falha, mente, engana e comete as mais sérias desonestidades. Ou não foi desonesto o que Lula fez, pagando com cargos públicos o que comia na cama?
“O filho do Brasil” honrou a tradição da família. Tal como seu pai, Lula traiu a esposa, mostrando infidelidade e ingratidão àquela que, nas palavras dele, tem sido seu maior porto seguro durante todos estes anos. Seu pai, Arestídes Inácio da Silva, parece ao menos ter sido mais competente quando traiu a dona Eurídice: lavrador nordestino de poucas posses, nada tinha a oferecer à amante que não uma transa boa ou, quem sabe, uns goles de cachaça com limão ou um corte de pano.
Lula, não. Ele foi duplamente desonesto. O homem do partido que “não rouba, nem deixa roubar”, simplesmente, decidiu fazer cortesia com o chapéu alheio, em benefício sexual próprio. Aliás, com chapéu da pátria que o elegeu. Traiu sua esposa e filhos, sim, e isso é problema muito particular deles. Todavia, e aqui reside nossa indignação, satisfez sua lascívia não pelos seus atributos de homem, mas, de forma vergonhosa, pegando carona na faixa presidencial que o povo lhe deu. O adultério do presidente foi cometido contra a nação brasileira. Esta é que é a verdadeira esposa traída.