Questões como esta me fazem lembrar de que ainda hoje, existem pessoas que duvidam de que o homem já pisou na Lua. Mas o fato é que a implantação do Estaleiro Eisa é um empreendimento de máxima relevância para alavancar o desenvolvimento de Alagoas.

Sim, é verdade que o alagoano há muito tempo anseia por uma mudança sustentável no perfil econômico do nosso estado, para um modelo mais diversificado e gerador de empregos. No entanto, a mudança que nos ajudaria a sair do subdesenvolvimento também fere de morte a nossa zona de conforto. Obrigando-nos a ser mais competitivos, e causando medo e oposições.

O Brasil possui nesse início de século, um grande desafio que é o de corrigir e melhorar a sua equivocada estrutura de transporte da produção, fortemente concentrada nas nossas arriscadas e caras rodovias. O mundo inteiro observa com muita atenção o nosso país levantar-se do subdesenvolvimento e reclamar o seu lugar de direito entre os líderes econômicos mundiais. Entre tantas razões, esta salta com grande importância estratégica para o crescimento da indústria naval e fortalecimento da estratégia logística brasileira. Diminuindo custos de produção e viabilizando o acesso ostensivo e rápido a novos mercados. É simplesmente aqui nesse ponto, que se encontra posicionado o Estaleiro Eisa.

O Eisa, com o potencial de ser um dos maiores estaleiros das Américas, é muito importante para Alagoas porque causará um fortíssimo impacto positivo na estrutura socioeconômica da região onde for instalado. A infraestrutura da região apoiada pela nova atividade produtiva comportará importantes investimentos em melhoria do acesso as localidades, fortalecimento do abastecimento de energia, água e saneamento inerentes ao processo de desenvolvimento. São incrementos que também tendem a beneficiar o comércio e o turismo local. O fluxo de pessoas com poder de compra será multiplicado em muitas vezes em relação ao atual. Essa nova demanda apoiará o crescimento do comércio e a oferta de mais e melhores serviços. Os milhares de trabalhadores dessa cadeia produtiva serão também demandantes de educação pública e de oferta dos diversos cursos tradicionais e técnicos da iniciativa privada, em todos os níveis. Todo esse povo precisará de novos supermercados, restaurantes, centros de compras e lazer, hospitais e postos de saúde equipados, combustíveis, revestimentos, habitações só para citar alguns. Além da estrutura de serviços, essa demanda gerará os chamados empregos indiretos, e ainda um aumento da arrecadação de impostos pelos diversos novos empreendimentos.

Mas o Estaleiro Eisa, não tenha dúvida, também motivará a criação de milhares de postos de trabalho e empregos diretos. São muitos postos de trabalho em várias carreiras e níveis técnicos. Um amigo me falou que ainda há quem duvide da capacidade de geração de emprego desse estaleiro, para a população local, “eles acham que toda mão-de-obra será trazida de fora”.
Pois bem meu amigo, isso também dependerá do quanto estiverem motivados e dispostos a se preparar. Eu lhe asseguro duas certezas: a primeira é a de que se não houvesse empreendimento algum, também não haveria emprego algum. Faço até questão do pleonasmo. E ainda mais importante do que isto, estou afirmando, é que jamais andou em qualquer parte desse nosso planeta um indivíduo mais forte e trabalhador do que o alagoano. Só que ele próprio precisa conscientizar-se disso e parar de ser seu próprio inimigo.

Alagoas está crescendo com toda certeza, e isso não é nada perto do que ainda está por vir. A vinda do Eisa para Alagoas não é somente uma causa, mas uma flagrante consequência desse crescimento. Pelos números levantados pelo IBGE para o Produto Interno Bruto a Preços Correntes, a riqueza de Alagoas triplicou em dez anos, saindo de R$ 6.935.080.000,00 em 1999, para R$ 21.234.951.000,00 em 2009. Muitos outros negócios serão encorajados para apoiar a cadeia de suprimentos do estaleiro.

Digo, portanto que a importância do Estaleiro Eisa para Alagoas, é da mesma estatura dos benefícios, renda e salários que serão gerados e pagos a várias gerações de famílias alagoanas.