Crise anunciada se instala no CRB

18/08/2012 05:20 - Machado
Por Redação

Dez gols em três jogos. Os números são dignos de time de segunda categoria, mesmo numa competição acirrada como é a Série B. Mas eles refletem muito bem a instabilidade do CRB, um time que até agora, embora tenha dado lampejos de recuperação, ao ponto de mirar o G4, não ganhou a confiança do seu torcedor. E os números são visíveis na presença desconfiada da torcida em seus jogos em casa.
A diretoria do CRB esperou que o desastre acontecesse e foi nesta sexta-feira, em Campinhas, diante de um Guarani cambaleante, também em crise. O Galo serviu de saco de pancada para o Bugre se recuperar, com uma goleada sonora de 4x0. E com três gols de um ex-jogador Alvirrubro, o artilheiro Schwenck.
O resultado trouxe algo de positivo: a saída do técnico Roberto Fonseca. Não que ele seja um comandante incompetente. Mas já estava mais que evidente que ele tinha perdido a simpatia dos jogadores. Afinal, a cada derrota ele elegia um culpado. Foi assim que quase queimou Geovani. Entre outros culpados (?) por más performances do time estiveram Rodrigão, Roberto Lopes, Wanderley e até o ex-regatriano Elsinho. Ainda bem que ele enxergou que seu tempo tinha acabado no Galo e pediu o boné. De toda forma, marcou sua passagem com o título de campeão no centenário do clube da Pajuçara.
No próximo sábado o CRB encerra sua participação na primeira fase da Série B e vai ter pela frente um grande adversária, que conhece muito bem, o ASA. Já não poderá tropeçar de novo, pois do seu retrovisor já começa a vê o terror da zona do rebaixamento. E espera-se que a diretoria seja inteligente no momento em que a crise está instalada, o que ela não viu – ou não quis ver – ou fez que não quis acreditar.
Já que o assunto é crise, eis aí um a situação inusitada: o CSA tem um aproveitamento de fazer inveja na Série D, mas nem assim evita que seus atletas ensaiem uma greve por atraso no pagamento de seus salários. Uma situação que cheira a incompetência. A diretoria deve alegar que falta dinheiro. E ai se pergunta: por que arcar tantas despesas com um número até certo ponto exagerado de contratações numa competição que todos sabem que é deficitária? E ais uma pergunta que merece resposta rápida.
E o ASA correu contra o tempo para evitar perder o seu artilheiro, hoje um dos maiores do Brasil. Lúcio Maranhão aceitou renovar contra e evitou que um grupo espanhol botasse a mão nos seus direitos federativos.

 

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