Vejam só como se comportam aqueles que, por exercer atividade pública, teriam o dever de trabalhar pelo bem comum: menospreza os mais necessitados, moradores da periferia, que são, em última análise, aqueles que o agente público deveria dedicar maior atenção pois, na maioria das vezes, são colocados em segundo plano.

Existe uma palavra do "jurisdiquês" - hiposuficiente - que é sempre usada quando um personagem da sociedade não tem a mesma força em comparação a outros, exemplos: o trabalhor é hipossuficiente em relação ao empresário; o consumidor é hipossuficiente em relação ao comerciante.

Quanto egoísmo e quanto desprezo de quem deveria ter a obrigação de, no mínímo, praticar a equidade, assegurar a isonomia no trato.

Por causa dessas pessoas, que se arrogam ser mais do que outros, a maioria sofre por não  usufruir do direito constitucional garantido em nossa Carta Magna que estabelece, entre seus principios, lazer ao cidadão.

Mas analisando esse tipo de gestor, tal atitude não nos supreende, pois já agiu assim, também, em outros momentos importantes da nossa cultura, discriminando os afro-descendentes, os umbandistas, enfim,  mostrando uma absurda intolerância religiosa.

Ela, essa pessoa, só sabe mesmo é trabalhar para a elite, para os abastados, os  endinheirados, os que dão "retorno". São muitos carnavais assim.

No entanto, eu não sei como fica sua consciência, (se é que a tem) ao saber que milhares de pessoas que não tiveram nenhuma outra opção de lazer, ficarão sem se divertir porque Ela, essa pessoa, não quer.

Axé e bumba-meu-boi para você.