Sim, nós também podemos!

03/04/2012 03:09 - Jamerson Silva
Por Redação

É fato, que a motivação é tudo na maior parte das atividades humanas. No crescimento e desenvolvimento de uma região não será diferente. Agora me permitam ponderar que nenhuma região ou estado, cujo povo se considere fracassado irá se desenvolver.

Baixa auto estima custa dinheiro para o indivíduo comum, e mais ainda para uma sociedade.

Não é por acaso, que os maiores compartimentos da Ciência Econômica estão baseados no estudo do comportamento do consumidor. Na verdade, quase tudo na sociedade está baseado na soma dos comportamentos de várias pessoas.

Então se encararmos nossos problemas de cabeça erguida, isso pode determinar melhores resultados? Sim, desde as finanças pessoais ao planejamento governamental, a resposta para essa pergunta, com toda certeza é sim.

O que os vários governos dos Estados Unidos da América, independente de qual partido político pertençam, possuem em comum, é que já sabem disso a muito tempo. Não importa o tamanho da crise ou o quanto ameaçador é o seu inimigo. Eles sempre apelam para a sua fibra moral, o seu grande patriotismo, o “Sonho Americano”. Isso faz uma enorme diferença no resultado.

Na verdade, não está profetizado em lugar algum, que estamos fadados ao fracasso. Isso vai depender de várias condicionantes, cuja principal é a nossa própria atitude. Quem morre na véspera é peru de natal!

Meu caro amigo, suponha que eu tenha uma dívida com o banco e, ambos sabemos que o melhor caminho para uma solução duradoura é que eu enfrente o problema, e renegocie essa dívida a fim de liquidá-la. Embora nesse caso eu esteja na condição de devedor, e o banco de credor, uma negociação é sempre uma relação de interesses opostos cujos parâmetros serão definidos naquele momento.

A pergunta que faço é, se eu não estiver bem emocionalmente, quem vai defender os meus interesses nessa negociação? Que fique claro que não estou defendendo os maus pagadores. O que estou defendendo com esse exemplo, é que devemos cuidar da nossa auto estima antes de entrar nessa negociação. Estamos assumindo a nossa dívida, não há razão para assumirmos uma postura de inferioridade. Nunca é demais lembrar que a lei serve para os dois lados.

Da mesma forma, eu nunca ouvi falar de um candidato a uma vaga de emprego que apresenta um comportamento de uma pessoa insegura, conseguir superar aquele que embora sabendo das suas limitações, assume uma postura positiva. Ninguém disse que seria fácil. Sabendo disso, faça o melhor que você puder para se preparar.

Não seja arrogante, mas seja sempre confiante. Afinal, você quer ou não aquele emprego? Algumas vezes parece que nos condenamos antes mesmo do nosso avaliador colocar os olhos em nosso currículo.

Quantas vezes, mesmo dominando a matéria, perdemos a disputa em concursos públicos por causa do nervosismo e da insegurança? Se a gente começar a levantar preconceitos a respeito de nós mesmos, não vai resultar em nada de bom. Felizmente conhecemos muitos alagoanos que ficaram entre os primeiros, nos mais exigentes certames do país.

Mas quero levar adiante o nosso raciocínio, ao nível da coletividade. Quem disse que o nosso estado de Alagoas não presta, e que tudo que vem de fora tem necessariamente que ser melhor? Na verdade, muita gente sugere isso o tempo todo. O que me preocupa é que muitos de nós, estamos preferindo acreditar nisso, em vez de acreditarmos no nosso próprio esforço.

As redes sociais estão cheias de brincadeirinhas depreciativas sobre Alagoas, muitas delas feitas por alagoanos. Na verdade isso também ocorre com o Brasil, quando vários brasileiros preferem as coisas de fora acreditando em que aqui, nada presta.

Aliás, que estória é essa de carioca nascido em Alagoas? Se o Flamengo ou o Vasco vem jogar com um time local, em plena Maceió, periga de ter mais gente com a camisa do visitante. Com certeza o Palmeiras de São Paulo, irá se lembrar de que não se deve subestimar a motivação de um certo alvinegro alagoano.

Mas ser um cidadão também é um estado de espírito. A Alagoas que queremos precisa se encontrar com a Alagoas que merecemos. E não tenho a menor dúvida de que podemos fazer por merecer um estado melhor. Só depende de nós.

Não adianta reclamar sem se mobilizar. Assim como, não vai resolver votar sem fiscalizar e cobrar. Onde você esteve quando as votações polêmicas ocorreram na nossa Assembleia Legislativa?

Você sabe que a maioria dessas decisões, consideradas nefastas para o povo, não são unânimes? Por que você não se mobilizou em apoio de quem defendia suas posições? Será que isso é correto?

Para falar a verdade eu me incluo nesses questionamentos. Acontece que não concordo com aqueles que nos depreciam. Um processo democrático, gostemos ou não, levou o governo atual ao poder.

Mas um Estado, já diziam nossos professores de Educação Moral e Cívica, para existir precisa não só de um governo independente, mas também de um território, e permitam que diga que o nosso é muito pródigo em potencial de recursos naturais. E um Estado precisa, sobretudo, de um povo. Não deixe que os outros definam qual será a qualidade desse povo.
 

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