Como é bom ver estampada no rosto das pessoas a felicidade em razão de um dia diferenciado de lazer e cultura.

A gente sabe que o trabalhador dá um duro danado para sustentar sua família e pagar suas contas e nada mais justo do que um dia de diversão com a família, saindo um pouco da rotina.

E por que não dizer também que, em muitos casos, é nesses momentos que muita gente renova até o espírito na esperança por dias melhores diante de tantas injustiças e desigualdades em meio a um mundo globalizado.

Apesar da abundância, em nossas cidades, de tantas belezas naturais e de sermos abençoados com praias maravilhosas - grandes opções de lazer nos feriados e fins de semana -, percebo que nossa arte e cultura popular precisam ser mais defendidas e difundidas.

A população precisa de incentivo e principalmente opções gratuitas de entretenimento, afinal é o que garante a nossa Constituição Federal de 1988 em seu artigo 6º quando afirma que são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.

Nós contamos com museus que guardam nossa história e revelam como foi nosso passado. O traçado e feitio criativo dos trabalhos artesanais evidenciam como somos ricos nessa arte.

O Guerreiro, Reisado e Pastoril, por outro lado, marcam passos de épocas que muito nos tem a revelar. De fato, não é só o maceioense mas todo alagoano precisa conhecer mais sua origem. Para tanto, ainda, é preciso de boas investidas.

Agora, estamos bem próximos do carnaval e em alguns bairros da cidade é possível ver moradores já no ritmo da festa mais contagiante do nosso país. Definitivamente, no coração do povo, as prévias carnavalescas já começaram.

Para mim, mais uma vez, foi uma grande satisfação acompanhar o Bloco do Boi, em Fernão Velho, no último final de semana. Fiquei orgulhoso de ver como um bloco de rua pôde chegar a tamanha estrutura, foram mais de cinco mil pessoas caindo na folia e o que é melhor, todos reunidos num mesmo propósito, apenas pela alegria e o prazer de se divertir.

Este sim é o verdadeiro Carnaval, feito de forma espontânea e livre pelo povo.

Nesse sentido, é preciso garantir a população eventos de porte cultural, seja para crianças, jovens e adultos. Eu sei que o povo brasileiro possui uma riqueza imensa no folclore e isso é bem caracterizado nas datas comemorativas como o Carnaval e o São João. E em Alagoas isso não é diferente. Então, por que não espalhar essa idéia?