A melindrosa situação vivenciada por CSA e CRB, que já foram chamados de “grandes” do futebol alagoano, tem explicação: falta de planejamento e profissionalismo. E sem esses dois ingredientes, nenhum time de futebol vai a lugar algum.
Talvez os dois, por total falta de organização de suas diretorias, tenham ficado atrás das chamadas pequenas equipes do futebol local, que embora sem maiores pretensões à conquista do título do Estadual deste ano, montaram times modestos e que mesmo assim não chegam a decepcionar casos de CSE e Santa Rita, que estão à frente dos dois tradicionais clubes do Estado. Pelo menos se prepararam para o campeonato de forma antecipada, ao contrário, por exemplo, do CRB, que a menos de 10 dias do início da competição não tinha um time definido.
Há, no entanto, uma pergunta que merece uma resposta: o que impede CRB e CSA de montarem equipes pelo menos modestas, que não decepcionem como as atuais? Acho que quando os dois entregam esses encargos a empresários, sem uma avaliação sobre os jogadores que são ofertados, a tendência é o fracasso, uma vez que geralmente são pessoas descompromissadas com a tradição dos dois clubes, cujas histórias remotam a grandes conquistas.
É uma pena a situação dos dois clubes, que na verdade vão lutar para não cair, uma situação que já foi vivida pelo CSA em duas ocasiões e que agora é uma realidade nas bandas da Pajuçara, onde o título alagoano fica cada vez mais distante.
Ao Galo da Praia ainda resta o consolo de estar na Série C, com tempo suficiente para montar uma equipe que lute para se classificar, e não para não ser rebaixada para a quarta divisão do futebol brasileiro.
De resto é lamentar a situação das duas torcidas, que estão sendo humilhadas diante das ridículas apresentações de seus times, verdadeiros arremedos, longe daquelas equipes que com raça e competência foram responsáveis pela conquista da maioria absoluta dos títulos disputados em Alagoas.