O CM Cast lançou, nesta segunda-feira (24), um novo episódio com a participação de Cícero Cavalcante (MDB), ex-deputado estadual, ex-prefeito de Matriz de Camaragibe e São Luís do Quitunde, e liderança política atuante no Litoral Norte de Alagoas.
Durante a entrevista, conduzida pelos jornalistas Carlos Melo, diretor-executivo do CadaMinuto, e Ricardo Mota, Cavalcante comentou sua presença constante nas redes sociais, disse não guardar mágoas de adversários e citou o que aprendeu com o pai.
Ao ser questionado sobre por que não apoia nomes de fora da família, Cícero foi direto. “Quando você escolhe uma pessoa que não é da família para apoiar, você tem 90% de chance de ser traído. Se você olhar o histórico, é isso mesmo.” Para o ex-prefeito, apostar em parentes reduz o risco. “Eles até podem trair, enganar, não seguir seus passos — pode acontecer. Mas é muito mais difícil.”
Cavalcante também afirmou que, na política regional, acordos de convivência são essenciais, destacando o “pacto de paz” firmado com o ex-adversário Abraham Moura (MDB), prefeito reeleito de Paripueira.
Ao falar sobre disputas políticas, abordou a influência histórica de grupos violentos na região e citou episódios dos tempos de comícios tensos. “Naquela época, bastava olhar feio para acharem que ia ter problema”. Segundo ele, o cenário mudou após operações policiais e reformas de segurança: “Hoje é diferente. A política se acalmou muito”.
O ex-deputado também comentou sua relação com a família Calheiros, dizendo que, apesar de desavenças pontuais, nunca rompeu de fato: “A gente nunca briga com quem pode ajudar no futuro”.
Sobre as prisões da Operação Gabiru, ele afirmou ter sido injustiçado e absolvido: “Eu tinha só cinco meses de mandato. Não tinha nada a ver com aquilo”.
Questionado sobre acusações de envolvimento em homicídio, respondeu que o episódio foi uma tentativa de impedi-lo politicamente e negou qualquer prática violenta. “Posso até brigar no meio da rua, mas mandar matar? Isso jamais”.
O líder político também rebateu relatos atribuídos ao deputado Chico Tenório (PP), recentemente entrevistado pelo CM Cast, dizendo não recordar da reunião citada pelo parlamentar e classificando a história como “intriga da oposição”.
Sobre condenações e multas, Cavalcante disse que algumas foram pagas e outras contestadas. “Quando é injusta, você recorre. Quando deve, você paga”. Ele admitiu que contratações consideradas irregulares ocorreram, mas justificou. “Minhas condenações foram por dar emprego ao povo”.
Os episódios do CM Cast vão ao ar às segundas e quintas-feiras, a partir das 12h.










