O CM Cast lançou, nesta segunda-feira (17), um novo episódio com a participação de Rui Palmeira (PSB), ex-prefeito de Maceió, atual vereador e oposição a JHC (PL), prefeito da capital alagoana, na Câmara.

Durante a entrevista, conduzida pelos jornalistas Carlos Melo, diretor-executivo do CadaMinuto, e Ricardo Mota, Palmeira afirma que se sentiu ameaçado na ALE e diz que JHC quer que ele fique inelegível.

Ao longo da conversa, Rui voltou a comentar o clima hostil que viveu na Assembleia Legislativa durante a Operação Taturana. Segundo ele, não houve ameaça direta, mas uma “sensação permanente de perseguição”. “O ambiente era pesado. Alguns deputados deixavam claro que eu não era bem-vindo ali”, relembrou.

O vereador também reforçou as críticas à gestão de JHC e aos recursos recebidos pela prefeitura após o acordo com a Braskem. “Esse dinheiro não é eterno. Em 2027 a conta chega”, afirmou. Ele disse ainda que o prefeito tenta enfraquecê-lo politicamente. “JHC me quer inelegível. Isso é evidente pelo conjunto de ações”.

Rui avaliou ainda o impacto de sua própria trajetória na votação mais baixa para vereador em 2024. Ele voltou a dizer que o eleitorado da periferia prioriza necessidades imediatas.

“O que você fez no passado vale muito pouco. O eleitor quer resolver o hoje”, resumiu. Mesmo assim, destacou que pode disputar uma vaga na Câmara Federal em 2026. “Posso entrar competitivo. Depende do povo”.

Sobre a relação com o grupo de Paulo Dantas e Marcelo Victor, ambos do MDB, o vereador disse não ter recebido qualquer promessa oficial de apoio. “Nunca ouvi compromisso direto. Mas ninguém abre mão de voto”, afirmou. Ele disse acreditar que o PSD tem condições de eleger dois deputados federais, ainda sem nomes definidos e que pode brigar por uma suposta segunda vaga.

Ao falar do pai, o ex-senador Guilherme Palmeira, Rui se emocionou. “A falta dele é diária. Ele enxergava cenários que eu não consigo ver. Antecipava muita coisa. Os conselhos dele fazem falta”, disse. O entrevistado destacou ainda que o pai nunca interferiu em sua gestão: “Ele dizia: ‘Prefeito é o Rui’. Isso me deu independência”.

Rui finalizou criticando a polarização que domina o cenário político nacional. Para ele, a radicalização empobrece o debate. “Fanatismo, seja político ou até futebolístico, é perigoso. Muita coisa irrelevante vira tempestade, enquanto os temas centrais ficam de lado”.

Os episódios do CM Cast vão ao ar às segundas e quintas-feiras, a partir das 12h.