O réu Paulo Sérgio Ambrósio dos Santos foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato de Ívio Thyeres dos Santos Ramos. O crime aconteceu em 2016, no Bar da Vera, localizado na Travessa José Cavalcante, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.

Durante o julgamento, realizado nessa quinta-feira (30), o Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A decisão foi tomada após os debates entre a defesa e o Ministério Público, representado pela promotora Adilza de Freitas, que sustentou a condenação.

O réu, também conhecido como “PC”, já continha em sua ficha outros  antecedentes criminais. Segundo a denúncia, ele integrava a uma facção criminosa que comandava aquela região. Ivio Thyeres  já havia sofrido um atentado cometido por dois homens conhecidos como “Fofão” e “Tampa”, que à época foram presos e, para o grupo, por denúncia dele (pessoa que costumam chamar, na gíria do tráfico, de X-9). Ele foi morto à traição como vingança, já que fofão era genro de “Eraldo do Gás”, traficante bem conhecido das polícias e amigo de Paulo.  

Marcado para morrer, Ivio Theyres , por medo, já havia se mudado, mas costumava ir ao bairro visitar um filho. Eraldo, "Fofão" e "Tampa" também foram assassinados.

O caso

No dia 10 de abril de 2016, por volta das 19h, Ivio Thyeres dos Santos Ramos, chegara ao "Bar da Vera" pedira uma cerveja e sentara em uma cadeira em frente à porta da rua adormecendo logo em seguida, o que o tornou um alvo fácil . Pois, sabendo da pretensão de Paulo Sérgio para mata-lo, um homem foi avisar onde estava, bem como as suas condições de vulnerabilidade. O réu, então, foi ao local em uma bicicleta, armado, e já chegou atirando sem qualquer chance de defesa para a vítima que não tinha envolvimento com a criminalidade.

Após o cometimento do assassinato, Paulo Sérgio, o homem que o informou sobre a presença de Ivio no bar , e o comandante do tráfico naquela área, identificado como “Eraldo do gás,  já morto, foram beber para comemorar o feito.

“Todos têm o direito de viver.  A vítima deixou filhos ainda crianças que até hoje sofrem as consequências desse bárbaro crime. O egoísmo de quem mata ignora a dor dos órfãos Nosso compromisso é com a defesa da vida em sua plenitude e à memória do morto” , destaca a promotora de Justiça  Adilza de Freitas.

*Com Ascom MPAL