Discutir  gênero, raça e periferia  é um dos muitos assuntos que causa  incômodo nas pautas políticas de gestor@s executiv@s e politic@s, que , convenientemente, põem o tema por baixo dos gabinetes

Tô nem aí!

E, mais uma vez,  coube  ao ativismo do Instituto Raízes de Áfricas  conectar e dar voz, ao movimento de mobilizar feito  intervenção  no oco dos silêncios estatal, e daí surge o  Encontro Agosto Negro em Escuta Ativa Ampliada, sob o tema Mulheres Negras, Periferia, Democracia e Justiça Racial, em parceria com o Coletivo de Mulheres Pretas Periféricas e Coletivo Jovens Pretas Periféricas Almerinda Farias Gama.

O Encontro Agosto Negro, que aconteceu no 27 de setembro, Dia de Cosme e Damião, reuniu cerca de 50 mulheres pretas periféricas da comunidade do Benedito Bentes, do município de Teotônio Vilela e Japaratinga.

Teve , também, a participação de homens.

O  Mulheres Negras, Periferia, Democracia e Justiça Racial, contou com o apoio da Prefeitura de Maceió, através da Semdes, Secom, IPLAN,  deputada Jó Pereira.

E os diálogos propositivos abriram caminhos de oportunidades para as políticas públicas de soluções, aquelas que têm os prazos para ontem.

Foi uma programação voltada a privilegiar as mulheres periféricas e seus territórios, retalhados pela indiferenciação social.

Nem toda gestora ou parlamentar tem a sensibilidade  de encarar o desafio, de em uma manhã de sábado, debaixo do calor avexado , pausar a agenda familiar, para a partir da  Escuta Ativa, ouvir as vozes contadoras de  situações, que ainda são perpetuadoras do escravismo..

Eliane Aquino e Paulão passaram a manhã todinha do sábado, escutando histórias e anotando no caderninho das resoluções o apontar dos caminhos.

Foi muito bom, quando a secretária, como gestora municipal e o  parlamentar federal discutiram em conjunto, o compromisso de partilhar  responsabilidades.

-Eliane, caso ele queira, avisa ao prefeito que estou à disposição- afirmou o deputado federal.

E no  sábado, 27 de setembro,  Dia de Cosme Damião, que uma representação negra feminina entregou a Eliane Aquino e ao deputado Paulão a  Carta Política  das Mulheres Pretas Periféricas.

A Carta Política foi escrita pelas mãos de muitas vozes movidas pela pressa, urgência pela reparação secular e histórica.

Construímos narrativas  negras, que exigem  compromissos  assertivos do município, estado e da União.

E assim foi!

 

 

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