No mês de setembro, o deputado branco, filho de família tradicional,   pegou o carro do serviço , da Casa de Tavares Bastos,, avaliado em alguns cifrões, com a cara encharcada  de água que passarinho não bebe e saiu, por esse mundão de meu Deus, ziguezagueando, atropelando, meio fio, calçadas, postes, árvores, até encontrar uma fileira de 7  carros, em uma avenida movimentadíssima,  e bater em todos eles.

Engavetamento.

Apesar de todas as provas, ousaram tentar  mascarar a autoria do crime, colocando um parente no cenário de total irresponsabilidade.

Os companheiros e companheiras do deputado na ALE abafaram o caso e dois meses após, a dita  autoridade aparece  no palco do poder legislativo, discutindo sobre leis.

Que leis?

As que prendem, amordaçam, matam o povo pobre?

Risivelmente trágico.

E se o deputado, ziguezague fosse preto retinto?!

Chegou novembro e onde vai rolar a festa?

Os privilégios da branquidade…