Depois de especular sobre os números para o Senado, na pesquisa Real Time Big Data, vamos a algumas considerações sobre o panorama na disputa para o governo de Alagoas. O instituto projeta quatro cenários de segundo turno. Não houve aferição com número maior de candidatos em primeiro turno. Foram ouvidos 1.200 eleitores entre os dias 22 e 23 deste mês. A margem de erro é de três pontos percentuais. Aos dados.
A primeira constatação é incontornável: o único nome capaz de ameaçar uma vitória de Renan Filho é o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas. Sem JHC, o senador e ministro dos Transportes, como se dizia na pré-história, pode encomendar o terno de posse. Com o duelo entre os dois, Renan tem 49% contra 43% de JHC.
Nas demais projeções, os adversários não chegam a fazer sombra ao franco favorito. No cenário dois, Renan Filho tem 55% das intenções de voto contra 32% de Alfredo Gaspar. No cenário três, o ministro aparece com 59% contra 24% do deputado federal Delegado Fábio Costa. Por razões que parecem óbvias, esse é um confronto que não vai acontecer.
No quarto e último cenário, o ex-governador bate o deputado federal Arthur Lira, com o placar de 56% das intenções do eleitorado contra 33%. A vantagem de Renan Filho supera 20 pontos percentuais em dois casos e passa de 30 pontos contra o delegado.
A presença de Fábio Costa (PP) e Alfredo Gaspar (União) é uma novidade que tem tudo a ver com os últimos anos da política brasileira. São dois representantes do bolsonarismo, duas vozes da extrema direita. Travam um campeonato particular do radicalismo.
Quanto a Arthur Lira, ninguém aposta uma pataca numa aventura pelo governo. Como se sabe, a meta do ex-presidente da Câmara é uma cadeira no Senado. Com essa ambição, ele tem margem para negociações e alianças – e trabalha firme nesse sentido.
Além de liderar em todos os cenários, Renan Filho crava outro índice relevante na disputa. Ele tem a menor rejeição entre os aspirantes ao cargo. O “campeão” é Arthur Lira, seguido por Costa, Gaspar e JHC. É uma variável que não pode ser ignorada.
A pesquisa de um instituto nacional, com reconhecida credibilidade, expõe pela primeira vez um quadro amplo, com sondagem em todo o estado. E, salvo engano, é um panorama também inédito. A um ano da eleição, os interessados têm o que avaliar.