Carlos Rondinelly Borges Lopes foi condenado, nessa quinta-feira (18), a 28 anos e sete meses de prisão pelo crime de tentativa de feminicídio cometido em outubro de 2022.
O julgamento foi conduzido pelo juiz André Parizio, e os jurados confirmaram que o crime teve motivo torpe, uso de meio cruel e impediu a defesa da vítima, ocorrendo na presença da avó. Em sua decisão, o juiz ressaltou a gravidade do crime.
“As agressões revelaram um intenso dolo de matar e um profundo desprezo pela vida humana, conforme se depreende dos laudos médicos da vítima, que documentaram a extensão e gravidade das lesões sofridas. O crime foi cometido de forma covarde e com extrema violência, o que merece maior reprovação social”, afirmou André Parizio.
O magistrado também destacou o histórico de violência de Rondinelly na cidade de Capela. Segundo ele, o réu era descrito como uma pessoa violenta e temida, devido ao seu temperamento e atos anteriores de agressão.
Havia registros de constantes ameaças à vítima, inclusive após sua prisão, além de humilhações e comportamento possessivo ao longo de todo o relacionamento. Essas circunstâncias mostravam que a conduta social de Rondinelly era reprovável e merecia ser considerada negativamente.
De acordo com o processo, o acusado vivia em união estável com a vítima, mas o relacionamento era marcado por episódios de violência doméstica e familiar.
Entenda
No dia 16 de outubro de 2022, durante a festa de emancipação política de Capela, o casal se desentendeu, e Carlos Rondinelly agrediu fisicamente a mulher.
Ele foi contido por policiais militares, enquanto a vítima foi levada por sua tia para a casa da avó. Mesmo assim, o acusado acabou sendo liberado pela polícia.
Após ser liberado, Rondinelly foi até a casa da avó da vítima, arrombou a porta e a agrediu até que ela desmaiasse.
Testemunhas relataram que a avó tentou sair para pedir ajuda, mas foi impedida pelo réu. A mulher teve o rosto desfigurado, alguns dentes quebrados, e as agressões só pararam quando ela já parecia estar morta.
Foto de Capa: Cortesia ao TJAL