Um dos craques na arte da reportagem em Alagoas, Odilon Rios escreve no Jornal Extra sobre o poder das redes sociais na campanha eleitoral para 2026 – que já começou. Na Gazetaweb.com, Edivaldo Júnior, que sabe tudo dos bastidores da política, analisa o desempenho das principais lideranças na batalha pelo voto via Instagram. Em sua coluna aqui no CM, Lininho Novais explica, com as credenciais de um perito, como e por que o marketing pelas redes tem tudo para levar ao sucesso – e ao fiasco.

De acordo com Odilon, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, aposta tudo nas redes. Com as jogadas virtuais, JHC espera chegar ao eleitorado do interior, um planeta dominado – isso digo eu – por gente de peso como o senador Renan Calheiros e o deputado Arthur Lira. É como se fosse um duelo entre o corpo a corpo e o abraço virtual.

Nas últimas semanas, o ministro Renan Filho e o deputado federal Alfredo Gaspar “dispararam no Instagram”, nas palavras de Edivaldo. Ainda segundo o jornalista, o deputado federal Rafael Brito é um “novo fenômeno digital” no panorama estadual. Na busca por novos seguidores estão todos os candidatos, partidos e ideologias. 

Seguidores. Viralização. Engajamento. Visualizações. Curtidas. Nada disso garante o voto do eleitor, alerta Novais. Segundo ele, a zoada que agita a bolha não é passaporte automático para convencer o eleitor da vida real – aquele que precisa pagar as contas. No preciso diagnóstico do especialista, “urna não tem feed nem botão de like”.

Na Era do Metaverso, não há candidato – a qualquer coisa – que seja louco o suficiente para desprezar a potência das redes sociais. Esse dilema é uma impossibilidade lógica, digamos assim. Tem político off-line? Se vai fazer dancinha no TikTok ou maquinar um meme no Instagram, aí é cada qual com sua pegada, com uma estratégia.

No Brasil da última década, a política foi sacudida por um arrastão de eleitos forjados na usina digital. Aqui, como em outros países, a novidade que desmontou conceitos e paradigmas: por alguma razão um tanto misteriosa, nas redes sociais a direita se impôs como jamais acontecera. E desde então, segue na liderança dessa guerra.    

Hoje em dia, a verdade é que o profissional mais importante para o político é o “responsável pelas redes”. Prefeitos e governadores ouvem mais esse especialista do que qualquer secretário. Perguntem a JHC ou a Paulo Dantas. Se todos atiram pra todos os lados, em todas as plataformas, o desafio é ser ouvido na vertiginosa algaravia.