O julgamento do fazendeiro Fernando Carlos Medeiros, acusado de ser o mandante da morte do empresário Jair Gomes de Oliveira, conhecido como Grilo, foi adiado. A sessão, que estava marcada para esta quinta-feira (11), no Fórum do Barro Duro, em Maceió, foi transferida para o dia 9 de outubro, no mesmo local e horário. O motivo foi o estado de saúde do promotor responsável pelo caso, que não pôde comparecer.
Esta será a terceira vez que Fernando Medeiros enfrentará o Tribunal do Júri. Nas duas ocasiões anteriores, ele chegou a ser condenado, mas as decisões foram anuladas.
O crime aconteceu em novembro de 2010, em Palmeira dos Índios. Na época, Jair foi atingido por quatro tiros na cabeça em frente ao Colégio Cristo Redentor, no centro da cidade. Ele se preparava para assistir a uma partida de futebol com amigos quando foi executado.
Segundo as investigações, o motivo da morte seria uma briga entre Grilo e Fernando Medeiros em um restaurante da cidade, envolvendo agressão física. A briga teria sido motivada pela posse do aeroclube de Palmeira dos Índios.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, após essa briga, o fazendeiro planejou uma vingança, contratando pistoleiros para executar o empresário.
Executores
Dois executores do crime foram condenados em 2014. Eles são identificados como irmãos Rosendo. A dupla confessou que recebeu dinheiro para executar Grilo.
Outros acusados também foram presos, entre eles Manoel Araújo, conhecido como “Mané”, que admitiu ter efetuado os disparos, e Gilberto Bispo, o “Beto”, apontado como o piloto da motocicleta usada no dia do assassinato.
Já Fernando Medeiros, apontado como autor intelectual, foi levado a júri em 2020 e condenado a 18 anos de prisão. No entanto, a decisão foi anulada. Em 2023, ele voltou a ser julgado e foi condenado a 17 anos e seis meses de reclusão, mas mais uma vez o resultado foi anulado pela Justiça.