A tentativa de homicídio contra o advogado criminalista e militar da reserva Leandro Galvão, ocorrida na tarde de quarta-feira (30), em Arapiraca, gerou forte comoção entre colegas de profissão e mobilizou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado. Leandro foi baleado em frente ao seu escritório, no Agreste alagoano, e permanece em recuperação após ser socorrido à Unidade de Emergência da cidade.

Durante o atendimento médico, os profissionais retiraram uma bala que estava alojada na mandíbula da vítima. O material foi recolhido e será analisado pela Polícia Científica, que também realizou perícia no carro do advogado, em busca de pistas que ajudem a entender a dinâmica do crime.

Imagens de câmeras de segurança registraram a ação criminosa. Segundo apurado até o momento, os autores passaram inicialmente pela via onde estava o advogado, e, ao perceberem sua presença, deram a volta. Um dos suspeitos ficou esperando em uma moto enquanto o outro atirou diversas vezes. Leandro Galvão estava armado e reagiu, dando início a uma troca de tiros. Veja vídeo abaixo:

 

 

A motivação ainda está sendo investigada, mas a OAB de Arapiraca aponta que o crime pode ter relação com a atuação profissional do advogado. “A advocacia de Arapiraca está estarrecida diante do atentado covarde sofrido pelo advogado Leandro Galvão, alvejado em frente ao seu escritório por exercer a sua profissão e, pelo que até aqui nos foi noticiado, em decorrência da legítima cobrança de honorários”, afirmou o presidente da subseção local, Daniel Fernandes.

Em nota oficial, Daniel classificou o caso como uma afronta direta ao Estado Democrático de Direito e ao exercício livre da advocacia. “Quando um advogado é atacado no exercício da profissão, a sociedade inteira é atingida”, declarou. Ele também informou que a comissão de prerrogativas da OAB está acompanhando de perto o inquérito policial e prestando apoio à família de Leandro.

A Ordem reforçou que não aceitará intimidações e convocou a classe a se manter firme diante de tentativas de silenciar o trabalho da advocacia. “A defesa das prerrogativas não é uma escolha, é um dever inegociável. A intimidação não nos dobrará. A violência jamais silenciará nossa voz”, concluiu o presidente da subseção.