Luis Edvaldo era um cara grandão, com a eterna alma de menino, que mapeou muitos lugares sob o sol, de um canto a outro, palmo a palmo.
Lugares sem as ferramentas necessárias para construir-se pessoa cidadã , mas, não se deu por vencido e se fez um dos porta-vozes, que reverberou a indignação sobre invisibilidade, descarte social, de toda gente em situação de rua.
Foi uma grande liderança do Movimento Nacional de População em Situação de Rua, em Alagoas, um menino homem negro, que em suas andanças quebrou o silêncio , conivente e acentuado, para falar sobre uma sociedade exclusivista, seletiva e racista.
Os ouvidos continuam moucos.
Conversamos algumas vezes, e na última vez que o ouvi discursar, em uma plenária, na Casa de Tavares Bastos, senti seu crescimento pessoal e o fortalecimento da liderança.
As palavras ecoaram com a força da crença, de quem acreditava, que o mundo poderia ser um lugar bem melhor.
Ele acreditava e lutava por isso!
Neste domingo, dia da amizade, Luís, partiu
Que toda espiritualidade o guie.
Missão cumprida.
Vá, em paz, menino!