O réu, Douglas Goes Santos, foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Água Branca, nesta terça-feira (7), pelo assassinato de José Freire Dias Filho, conhecido como "Coroa". A vítima foi morta com 15 golpes de faca peixeira enquanto lavava roupas em um alojamento em Pariconha, no Sertão de Alagoas.

Segundo as investigações, o homicídio ocorreu em 29 de novembro de 2024 e foi motivado por vingança. Douglas e a vítima trabalhavam em um parque de diversões na cidade, onde tiveram uma discussão que resultou na demissão do acusado. Após o homicídio, Douglas Goes tentou fugir em uma Van com destino à cidade de Carira, em Sergipe, mas foi capturado pela polícia alagoana no mesmo dia, em Delmiro Gouveia.

O júri popular reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, conforme o artigo 121, § 2º, incisos II e IV do Código Penal. O réu não poderá recorrer em liberdade. 

O julgamento foi conduzido pelo juiz Marcos Vinícius Linhares, titular da comarca, que destacou a celeridade do processo, apesar da complexidade típica dos casos julgados pelo Tribunal do Júri, devido à sua estrutura bifásica.

“A celeridade no julgamento de crimes graves como homicídios é considerada essencial e a Comarca de Água Branca tem demonstrado que é possível conciliar a celeridade processual com o respeito às garantias constitucionais, contribuindo para a redução da sensação de impunidade e para o fortalecimento da confiança da sociedade no sistema de justiça”, disse.

Na oportunidade, o juiz Marcos Vinícius também parabenizou a atuação do promotor de justiça, Rômulo de Souto Castro, e o advogado de defesa Adelmo Joaquim dos Santos pela atuação durante toda a tramitação processual.

 

*Com Ascom TJAL