As redes sociais mudaram tudo. Deram voz, alcance e vitrine. Transformaram políticos em marcas, campanhas em conteúdos, votos em cliques. Hoje, é impossível pensar em comunicação política sem pensar no Instagram, no TikTok, no WhatsApp. A rede comunica. E comunica muito. É o principal canal entre o político e a sociedade.

Mas aqui vai um alerta necessário: a política que se contenta apenas com curtidas esquece que voto se conquista é com verdade no olhar, escuta ativa e mão estendida. Rede social é ponte, não é destino. É ferramenta, não substituto.

Nada — absolutamente nada — supera o calor humano. O aperto de mão. O olho no olho. A presença nos bairros, nas feiras, nas casas. É no corpo a corpo que o povo sente quem está preparado para governar e quem está apenas performando um personagem digital.

Política não é só algoritmo. É sentimento. É cheiro de rua. É a fala embargada de quem precisa ser ouvido. É a lágrima de gratidão, o abraço apertado, o pedido de socorro que não cabe em um comentário de feed.

Que os políticos aprendam: o povo quer ser ouvido, não apenas impactado por um post patrocinado. Quer presença, não apenas presença digital. Quer compromisso real, não roteiro bonito com trilha de fundo.

A rede aproxima. Mas quem não pisa no chão, flutua. E quem flutua, perde o rumo.

Quer construir um mandato forte? Poste, sim. Mas antes de tudo: vá. Escute. Sinta. Caminhe. O algoritmo da política ainda é o povo.