Hoje em dia, todo mundo acha que sabe tudo de comunicação. Virou moda. Virou mantra. Virou profissão da madrugada. Basta um curso online, uma sequência de frases de efeito e pronto: temos mais um “especialista” em marketing político, digital, pessoal e emocional. Todo dia aparece alguém vendendo curso pra ensinar como vender curso. Prometendo fórmula mágica pra vencer eleição, ganhar engajamento, construir autoridade ou viralizar com dancinha e discurso pronto.

E no final? No final, a realidade dá um tapa.

Porque comunicação de verdade não se aprende em PDF. Se constrói com escuta, repertório, leitura de cenário, sensibilidade social e, principalmente, com vivência. Não é só sobre estética e números de curtida — é sobre estratégia, propósito e coerência.

Não basta saber usar ferramentas se não se sabe fazer perguntas. Não adianta repetir jargões se não se tem conteúdo. E não há fórmula que substitua a vivência, o repertório e a capacidade de interpretar o que não está escrito.

A comunicação virou o novo “método fácil de sucesso”. Mas sucesso, aqui, continua sendo pra quem respeita a inteligência do público, estuda, se atualiza e sabe a diferença entre fazer barulho… e fazer sentido.